Com o aumento da oleosidade da pele no verão, há um maior risco de formação de terçol. O problema, que ocorre quando acontece uma infecção bacteriana do folículo piloso dos cílios, é caracterizado pela formação de um nódulo avermelhado e dolorido na pálpebra, dor, lacrimejamento e sensibilidade à luz.
— Nossas pálpebras apresentam cílios e glândulas que produzem gordura, para manter os fios lubrificados e não quebradiços. Nossa pele é colonizada por diversas bactérias que normalmente não nos causam problemas — explica Sergio Felberg, membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO).
Pessoas com a pele muito oleosa, que tomam medicamentos que aumentam a oleosidade do rosto ou que têm rosácea são mais propensas a desenvolver terçol. Situações que diminuem a imunidade do corpo podem favorecer o aumento da quantidade de bactérias na região dos olhos e provocar a inflamação.
— Em algumas pessoas, a inflamação causada pelo terçol pode atingir as glândulas de Meibômio, causando a obstrução dessas estruturas. Isso leva ao desenvolvimento de um calázio secundário ao terçol — diz Tatiana Nahas, chefe do serviço de plástica ocular da Santa Casa de São Paulo.
Na maioria das vezes, não é preciso tomar remédios para se livrar do terçol. É recomendado apenas fazer a aplicação de compressas de água morna na região dos olhos.
— Caso o terçol cause incômodo e dor, antibióticos e anti-inflamatórios na forma de pomadas e comprimidos são usados para o tratamento. Mas estas medicações precisam ser prescritas por um médico — ressalta Felberg.
Algumas lesões oculares são semelhantes ao terçol. Por isso, a recomendação é que pessoas que tenham feridas na pálpebra cuja cicatrização seja demorada ou que apresentem terçóis de repetição procurem por uma avaliação médica o quanto antes para ter um diagnóstico exato.
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Redação iBahia
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