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Da Praia do Flamengo à Barra, preço da água de coco varia R$3

Em uma rápida passeada pela orla de Salvador nesta quarta-feira (4), o iBahia detectou quanto o preço da fruta muda na capital baiana

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04/02/2015 às 18:19 • Atualizada em 29/08/2022 às 4:17 - há XX semanas
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A Lei da Oferta e da Procura é a que estabelece uma relação entre a demanda de um produto e a quantidade em que ele é oferecido. Ela foi criada buscando estabilizar a procura e a oferta de um determinado bem ou serviço, fazendo assim produtos iguais terem preços equiparados. Mas, e quando os mesmos produtos são vendidos por preços bem diferentes só por estarem em locais relativamente distantes um do outro?
Preço do coco sobe da Barra até a Praia do Flamengo
Em um passeio por toda orla de Salvador nesta quarta-feira (4), o iBahia conversou com alguns vendedores para explicar o motivo da variação e encontrou algumas respostas. Em frente à uma famosa barraca de praia da Praia do Flamengo, o coco é vendido à R$ 5,00, e se engana quem pensa que o vendedor trabalha para a barraca. Segundo Thiago Silva, o preço se dá por conta de quanto se paga pela fruta."A gente compra o coco a R$ 2,50. E essa (R$ 4,50 e R$ 5,00) é a média de preço da redondeza. Quem pega o coco a R$ 1,00, vende à R$ 3,00. Mas a gente negocia com o cliente, vê como dá para fazer", disse. A poucos quilômetros dali, no Farol de Itapuã, a fruta é vendida por R$ 4, e a explicação do vendedor Hélio Pereira para o preço é a mão de obra dos vendedores."A gente compra canudo... Um pacote de canudo é cinco reais. A gente compra gelo, e ficamos aqui o dia todo. Carregamos muita coisa, todos os dias. Levamos para casa, para trazer no outro...", rebateu ele, que garante trabalhar no local já há 30 anos. "Estou aqui no Farol de Itapuã desde 85. Plantei esses coqueiros quase todos aqui, só que eles não crescem. É coco anão. Antes de crescer, o pessoal tira tudo", completou. Hélio ainda afirmou que os R$ 4 cobrados são os mesmos de toda a orla da capital, com exceção da Praia do Flamengo.
Água de coco na Praia do Flamengo chega a cinco reais
"A orla toda cobra esse preço. E lá para cima, na Praia do Flamengo, fica mais caro ainda, por causa das barracas dos burgueses. Eles vendem mais caro, a cinco, seis reais", entrega. Não muito distante dali, em Piatã, percebe-se que não é bem assim. Dos quatro reais cobrados por Hélio e dos cinco por Thiago, aparecem os três de Geraldo Jesus, que não consegue explicar o motivo da diferença. "Deve ser porque varia da localidade. Não sei explicar. Eu compro o coco a um real, ou um e trinta", revelou, garantindo que os preços não mudam aos sábados e domingo.No Jardim de Alah, vendedores pouco distante um do outro vendiam cocos a R$ 3 e R$ 2, mas a surpresa mesmo ficou na Ondina e na Barra, que por serem bairros com alta concentração de turistas, imagina-se que os cocos seriam vendidos mais caro ainda. Engano. Vendendo a fruta gelada a R$ 2,50, o vendedor Fernando Pereira contou que o preço caiu com relação a 2014."No ano passado, nessa época, o coco estava a R$ 3,50. Hoje vendemos a R$ 2,50. Pegamos o coco na base de R$ 1,50, o carro vem do Comércio, carregado", disse, também afirmando desconhecer o motivo de o preço ser mais alto em outros bairros. Ainda de acordo com ele, a média de vendas por dia é de 100 durante a semana, e 200 a 300 nos finais de semana, quando o movimento é maior.
No Jardim de Alah, cocos são vendidos por dois e três reais
Na Barra, é possível encontrar carrinhos que vendem a água do coco separadamente, em um copo, por R$ 3,00 e R$ 4,00, como também quem venda o coco gelado por R$ 2,00 e R$ 2,50. Mas o importante mesmo é que gelada ou natural, a água de coco é um líquido muito indicado por diversos médicos e nutricionistas, já que além de ser saborosa, é rica em potássio, tem poucas calorias, muitos nutrientes, é livre de gordura e possui alto poder hidratante.

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