O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, acredita que em um ano o Brasil terá uma vacina contra a dengue , produzida pelo Instituto Butantan, de São Paulo.
—Temos uma expectativa boa, sou otimista em relação à vacina. Ela está indo muito bem, tem marcado só gol e está na última fase pré-licença em vários continentes. A gente acha que nessa época, para o verão do próximo ano, já vai contar com essa vacina, dose única, para os quatro vírus e 90% de bloqueio — afirmou o ministro.
O ministro esteve em Niterói para divulgar uma outra frente de ação contra a dengue: a liberação de mosquitos Aedes aegypti infectados com a bactéria Wolbachia, que reduz a capacidade dos insetos de transmitir dengue, chicungunha e zika .
Sobre a produção da vacina pelo Butantan, Mandetta afirmou que o instituto já fechou uma parceria com a farmacêutica americana Merck Sharp and Dhome e já está construindo a fábrica para as vacinas .
— Os cientistas já viram que a vacina é extremamente eficaz ou não estariam construindo uma fábrica. Mas ficam (sem vacinas) a zika e a chicungunha. Por isso, precisamos de várias frentes: vacina, Wolbachia, educação da população e ações de vigilância epidemiológica — disse.
Aedes com bacteria
O método Wolbachia reduziu em 75% os casos de chicungunha em 33 bairros na região de Niterói. O ministério não tem informação sobre a evolução dos casos de dengue e zika sob o método.
As primeiras liberações dos mosquitos infectados ocorreram em 2015 nos bairros de Jurujuba, em Niterói, e Tubiacanga, na Ilha do Governador.
Em 2016 a ação foi ampliada em larga escala na cidade e, em 2017, no município do Rio.
Além do Brasil, também desenvolvem ações do programa países como Austrália, Colômbia, Índia, Indonésia, Sri Lanka e Vietnã.
A Wolbachia está naturalmente presente na maioria dos insetos, mas não é encontrada nos Aedes aegypti .
No próximo ano haverá soltura em Campo Grande (MS), Petrolina (PE) e Belo Horizonte (MG) e haverá nova expansão ainda em 2020 para Fortaleza (CE), Foz do Iguaçu (PR) e Manaus (AM).
Leia também:
Veja também:
Redação iBahia
Redação iBahia
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!