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SAÚDE

Sem padronização, maços de cigarro atraem jovens e reduzem alerta

Em abril de 2015, a Anvisa aprovou a obrigatoriedade de alerta de saúde em 30% da parte frontal dos maços

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Redação iBahia

26/05/2016 às 21:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 14:34 - há XX semanas
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Não é de hoje que associações contra o tabagismo travam uma batalha pela padronização das embalagens de cigarro. A justificativa, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), é que as cores e o design atraem o olhar de jovens e diminuem o impacto das advertências sanitárias. Em abril de 2015, a Anvisa aprovou a obrigatoriedade de alerta de saúde em 30% da parte frontal dos maços — mas ainda é pouco, dizem especialistas. No dia 31, esse e outros assuntos sobre tabagismo serão discutidos no EXTRA Debate, encontro em parceria com o Inca. "As embalagens são lindas, usadas como propaganda e colocadas ao lado de balas e chicletes" diz Tânia Cavalcante, secretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção Quadro para o Controle do Tabaco do Inca: "É preciso reconhecer o tabagismo como doença pediátrica". O Inca estima que 80% dos fumantes começaram antes dos 18 anos. O alvo da indústria, portanto, são mesmo os jovens, alertam psicólogas. "As embalagens fazem parte do processo de comunicação, pelas formas, tamanhos e cores, que estimulam sensações em cada indivíduo", diz a psicóloga do Centro Multidisciplinar Fluminense Mirella Benevenuto. "Como os jovens estão neste universo de consumo, são mais estimulados a novas experiências".
A psicóloga Suely Pimenta Quirino alerta para quem está mais suscetível ao vício: "Podem ser jovens influenciados pelo grupo, impulsivos, com baixo desempenho escolar e baixo autoestima". A Aliança de Controle ao Tabagismo lançou, nesta semana, petição para a padronização do tabaco. Com a hashtag #AcabouODisfarce, ela alega que as crianças estão na mira da indústria de tabaco.
Anvisa apoia padrão e deve mudar verso
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou que apoia a padronização, já que estudos comprovam que a embalagem genérica aumenta a eficácia da advertência, reduz a atratividade e diminui estratégias que tentam promover o produto “de forma enganosa”. O órgão disse que estuda trocar as imagens obrigatórias no verso das embalagens — já que as atuais, por serem conhecidas do público, podem causar menos impacto. A expectativa é que a mudança ocorra até 2018. "As imagens estão nos maços desde 2009. Temos análises que mostram os impactos positivos, mas com o tempo, se você não muda, perde-se esse impacto", avalia Tânia. No Brasil, 52,3% dos fumantes pensaram em parar devido às advertências nos maços de cigarros, segundo pesquisa do IBGE de 2013. A Anvisa disse, ainda, que precisa aguardar uma decisão do Legislativo para regulamentar o tema. No Congresso, circulam projetos de lei para padronizar os produtos.

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