Familiares e amigos do agente da Polícia Federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida, morto durante uma operação da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) em Valéria, realizam um ato de paz neste domingo (24), na orla de Salvador.
Vestidos com camisas brancas e estampa com imagem do policial federal, o grupo se reuniu, rezou e prestou homenagens a vida e a trajetória policial de Lucas. O grupo soltou balões brancos e ao final, fizeram uma salva de palmas ao som de 'Viva Lucas'.
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Segundo informações de Priscila Caribé, irmã do PF, a ação foi idealizada pelos amigos de Lucas que praticavam kitesurf com ele. Na sexta-feira (22), a morte de Lucas completou uma semana. Desde o crime, as ações para localizar os envolvidos no caso seguem intensificadas, com uma força tarefa montada por policiais federais, militares e civis. Pelo menos 14 suspeitos já morreram em confrontos e outros 3 foram presos.
Além da morte do policial federal, outros dois agentes, sendo um federal e um civil, ficaram feridos. O policial federal ferido teve alta no mesmo dia. Já o civil seguiu internado na mesma unidade de saúde. Vockton Carvalho só teve alta médica na quinta-feira, véspera de uma semana do confronto. Ele foi atingido por estilhaços no rosto e corre risco de perder a visão. O agente segue em tratamento em casa.
Operação
O grupo participava de uma operação no bairro de Valéria, quando foi surpreendido pela presença de integrantes de grupos criminosos que estavam prestas a entrar em confronto na região.
A situação começou quando integrantes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) e da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) planejavam uma ação contra o grupo criminoso que atua no local.
No entanto, ao chegaram no bairro, os policiais encontraram integrantes de um outro grupo, que pretendiam fazer a retomada da área. Um confronto foi iniciado entre os agentes e os suspeitos, que estavam fortemente armados.
Durante coletiva para apresentar o resultado da "Operação Fauda", ainda na sexta-feira, o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, explicou a situação.
"As equipes policiais ao se deslocarem para a realização da operação se depararam com um 'bonde', onde houve a situação de enfrentamento que ocasionou, infelizmente, na morte do policial, no ferimento de outros dois policiais, e na morte de dois criminosos que ali se encontravam”, contou.
Logo após a situação, vários serviços essenciais foram afetados em Valéria e região. Entre eles, transporte, educação e saúde. Na ocasião, as Secretarias de Mobilidade, Educação e Saúde do município alegaram se tratar de uma medida de segurança, para proteger servidores e moradores.
Com as mudanças, postos e escolas foram fechados e os ônibus do transporte público desviaram as rotas do final de linha do bairro e da BA-528, popularmente conhecida como Estrada do Derba. Milhares de alunos e pacientes foram foram prejudicados e passageiros tiveram suas rotinas alteradas, com longas caminhadas para chegar aos destinos do dia a dia.
Os serviços só começaram a ser normalizados na terça-feira (19), quatro dias após a primeira troca de tiros. Inicialmente, voltaram unidades de saúde e coletivos. As aulas, no entanto, só foram restabelecidas na quarta-feira (20), com rondas da Guarda Municipal.
Redação iBahia
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