A terapeuta baiana Cláudia Scheffler está tentando sair de Israel, após o início dos conflitos com o Hamas. De férias no país, ela relatou o desespero ao ouvir a sirene de evacuação durante um ataque, quando estava no mercado com o marido para comprar comida.
"O alarme soou lá e foi desesperador, porque não entendo hebraico, só um pouco de inglês. Eles não falam inglês na condução do alarme, falam no idioma local", disse a baiana em entrevista para a TV Bahia.
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O conflito no Oriente Médio chegou ao sexto dia nesta quinta-feira (12). Mais de 2 mil pessoas morreram, desde o ataque ao país israelense no último sábado (7). As ações se concentraram perto da fronteira da Faixa de Gaza, de onde o grupo Hamas lançou 5 mil foguetes. Diante da ofensiva, o governo israelense iniciou uma retaliação e lançou bombas em direção à Faixa de Gaza.
Nascida em Feira de Santana, cidade a 100km de Salvador, Cláudia Schefflet explicou que por não entender hebraíco e o que estava acontecendo, ela correu na mesma direção que outras pessoas.
"Só fiz correr. Tiveram muitas pessoas que foram amáveis, perceberam que estávamos perdidos, explicaram o que estava acontecendo e nos levaram para um lugar seguro", relatou a baiana.
Ela também destaco que todos têm se ajudado no país e se preocupam com a vida.
"Independentemente de não conhecer, todos se unem e isso acho muito bonito. Todos se preocupam com a vida, não importa de onde seja".
Tentativa de deixar o país
Claúdia Scheffler está no país pela 5° vez, mas destacou que foi a primeira em que por uma situação como essa. A baiana contou que espera conseguir do país. No entanto, os voos que comprou já foram cancelados duas vezes.
Ela tem a expectativa de ser resgatada pelas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), que estão resgatando os brasileiros que estão em Israel. Segundo o Itamaraty, a previsão é de que ao menos cinco voos sejam realizados até domingo (15) na operação de repatriação.
"Eu infelizmente não entrei nessa lista, já estava lotado. Já mandei mensagem, mas até agora não me chamaram, não entraram em contato", relatou a baiana.
"Meu plano B é voltar com os aviões do Brasil ou com qualquer companhia que venha retirar. Que eu possa entrar em algum deles, está realmente preocupante. Nós não sabemos quando essa guerra pode chegar aqui".
Enquanto aguardam o momento de deixar o país, a terapeuta disse que está com o marido em um hotel com bankers. Ela explicou como funciona o abrigo.
"Cada andar tem um abrigo e funcionários que ajudam a fechar. Graças a Deus está tudo muito seguro", afirmou.
Confronto em Israel
O confronto em Israel aconteceu no sábado (7). As ações se concentraram perto da fronteira da Faixa de Gaza, de onde o grupo Hamas lançou 5 mil foguetes. Uma rave, que acontecia a cerca de 30km do local, foi um dos locais mais atingidos. Ao menos 260 pessoas morreram na festa, entre eles dois brasileiros, Bruna Valeanu e Ranani Glazer.
Diante da ofensiva, o governo israelense iniciou uma retaliação e lançou bombas em direção à Faixa de Gaza. Segundo o balanço mais recente das autoridades locais, até a manhã de terça-feira cerca de 2.100 pessoas morreram. Mais de 1.200 foram em Israel. Segundo o balanço do Ministério da Saúde de Gaza, ao menos 900 palestinos também morreram.
Redação iBahia
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