A mãe e a irmã da cantora gospel Sara Mariano, que foi encontrada morta após ser dada como desaparecida, foram ouvidas pela polícia pela primeira vez nesta terça-feira (31).
Os depoimentos aconteceram na delegacia Dias d'Ávila, na Região Metropolitana de Salvador, onde o crime é investigado. A unidade é a mesma onde o marido da vítima, que é suspeito do crime, está preso.
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Dolores Freitas e Soraya Correia chegaram na delegacia às 12h30 e só deixaram o local pouco mais de 6h depois, por volta das 18h. De acordo com o advogado da família, Marcus Rodrigues, áudios da vítima sobre agressões cometidas pelo suspeito foram entregues à polícia.
Na saída, a mãe de Sara falou com a imprensa e reforçou o desejo de ter a guarda da neta. "Deus vai me dar a guarda da minha neta, porque eu não quero que essas almas sebosas fiquem com minha neta", contou Dolores.
A defesa contou que vai ingressar na Justiça com o pedido da guarda da menina, que tem 11 anos e está na casa da avó paterna.
"Acreditamos que o melhor ambiente para ela ficar é o ambiente da avó materna e é por isso que vamos sim buscar, dentro da Justiça, para que fique com a família da Sara".
O caso segue sob investigação. Além da família de Sara, o homem que emprestou o carro ao motorista que dirigiu para a cantora no dia do desaparecimento dela também prestou depoimento nesta terça.
Prisão mantida
Ederlan Santos Mariano teve a prisão temporária mantida pela Justiça durante audiência de custódia realizada nesta terça-feira. Com a decisão, o homem, que foi preso na madrugada de sábado (28), seguirá detido.
No entanto, conforme informou a Justiça, foi determinada a transferência para uma "unidade prisional adequada". Segundo a polícia, o homem será levado para o Presídio de Salvador, que fica dentro do Complexo Prisional de Mata Escura, em Salvador, na quarta-feira (1º).
Durante a chegada e a saída no fórum do município, onde aconteceu a audiência de custódia, Ederlan foi hostilizado e chamado de "assassino" nesta terça. O homem ainda teve o cabelo puxado por uma mulher, enquanto era deslocado pela polícia. Assista abaixo:
Conforme informou a Polícia Civil, o marido de Sara teria confessado o crime, que estaria sendo planejado desde de setembro. A defesa de Ederlan, no entanto, nega que ele tenha assumido a culpa.
O casal estava junto há 13 anos, mas, conforme informou a família da vítima, tinha uma relação complicada. Sara Mariano desapareceu na noite de terça-feira (24), após supostamente sair de casa, no bairro de Valéria, em Salvador, para participar de um encontro de mulheres em Dias D'ávila.
O corpo de Sara foi enterrado na segunda-feira (30), no Cemitério Quinta dos Lázaros, na capital baiana, sob forte comoção e pedidos de justiça. Centenas de pessoas participaram da cerimônia.
Alan Oliveira
Alan Oliveira
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