A morte do turista paranaense que teve o corpo encontrado atrás do Cristo da Barra, em Salvador, segue sem solução depois de 9 meses de investigação. A informação foi confirmada ao iBahia nesta terça-feira (16) pela Polícia Civil (PC), que é responsável pela apuração do caso.
Em nova nota, a corporação reafirmou que a situação é investigada como assassinato e que já há indicativo de autoria do crime, porém os desdobramentos do caso não podem ser divulgados, "considerando o sigilo necessário para o andamento das apurações".
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Júlio Cesar Moreira tinha 36 anos quando morreu, no ano passado. Ele saiu do hotel onde estava hospedado com a mãe, na Barra, com a justificativa de que iria pedalar, em 14 de outubro, mas não voltou. O corpo do turista foi localizado no dia seguinte.
Investigação já foi prorrogada oito vezes
Esta seria a oitava prorrogação do prazo para a entrega do inquérito, que costuma ser de 30 dias. Especialistas ouvidos pelo portal explicam que o pedido pode ser feito à Justiça quantas vezes forem necessárias, até o fim do trabalho da polícia.
Procurado pelo portal, o Ministério Público da Bahia (MP-BA), que deveria acompanhar as apurações desde novembro do ano passado, quando abriu um procedimento administrativo sobre o caso, informou que requisitou o inquérito e aguarda retorno da PC para "medidas cabíveis".
Em junho, o órgão já tinha citado pedidos de informações sobre o crime para a polícia. No entanto, a corporação informou que não foi notificada em nenhum momento. O iBahia questionou sobre isso ao MP-BA, mas não teve resposta.
Morte de turista na Barra é mistério
Com poucos detalhes, o caso segue confuso, inclusive para a família de Júlio Cesar Moreira, que tenta acompanhar tudo do Paraná.
Enquanto a polícia diz tratar o caso como assassinato para a imprensa, a mãe do turista, Josélia Moreira, acredita que ele foi vítima de um acidente, com base no que foi passado para ela pelas autoridades.
Até então, o que se sabe é que o pedagogo sofreu um traumatismo cranioencefálico aberto e que não foi detectada a presença de drogas na urina dele, conforme apontam laudos cadavéricos passados para o portal pela família do pedagogo.
Segundo especialistas, as lesões abertas da cabeça envolvem penetração do couro cabeludo e crânio. O documento que contém os detalhes da análise mostram ainda que o traumatismo foi provocado por um instrumento contundente. No entanto, esse objeto, que pode ser uma pedra, por exemplo, não foi detalhado.
A polícia tem o laudo cadavérico do paranaense desde o dia 30 de outubro, exatos 15 dias depois que o turista foi encontrado morto, segundo informação divulgada pelo Departamento de Polícia Técnica do estado (DPT).
Alan Oliveira
Alan Oliveira
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