Sete meses depois da morte do turista paranaense Júlio Cesar Moreira, no Cristo da Barra, em Salvador, a mãe dele ainda sente as dores da perda brutal durante o que era para ser mais uma viagem feliz de férias.
Investigado pela Polícia Civil (PC) da Bahia, o caso segue sem solução, com poucas respostas e confuso, inclusive para a família do pedagogo, que tenta acompanhar tudo do Paraná.
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Enquanto a mãe do turista acredita que ele foi vítima de um acidente, com base no que foi passado para ela pelas autoridades, para a imprensa, no entanto, a polícia diz tratar o caso como assassinato.
Em contato com o iBahia, Josélia Moreira revelou que a versão de que o filho sofreu um acidente a ajudou a lidar melhor com a partida dele. Ela lembra que o pedagogo parecia se despedir da família nos dias que antecederam a morte.
"Dias antes, tudo que a gente fazia juntos parecia que estava dando sinal que era pra acontecer. Ele se despedindo".
A mãe de Júlio Cesar pontuou ainda que, apesar de se sentir mais "aliviada", a dor ainda é muito forte e a incomoda todos os dias.
"Meu filho foi morar com Deus e eu estou aqui cheia de dor, de tanta saudade. Não tem um dia que eu não chore. Tudo me lembra ele. A saudade dói tanto".
O iBahia questionou a PC sobre as duas diferentes versões do caso, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
Morte do turista em investigação
Júlio Cesar Moreira tinha 36 anos quando morreu, no ano passado. Ele saiu do hotel onde estava hospedado com a mãe, na Barra, com a justificativa de que iria pedalar, em 14 de outubro, mas não voltou. O corpo do turista foi localizado no dia seguinte, nas pedras que ficam atrás do Morro do Cristo - um dos principais pontos turísticos de Salvador.
Na quarta-feira (15), o caso completou exatos sete meses sem solução. Em nota enviada ao iBahia, a polícia não detalhou se o inquérito chegou a ter o prazo prorrogado pela sexta vez, mas pontuou que "diligências estão em andamento e mais detalhes não serão divulgados para não atrapalhar a elucidação do crime".
Até então, o que se sabe é que o pedagogo sofreu um traumatismo cranioencefálico aberto e que não foi detectada a presença de drogas na urina dele, conforme apontam laudos cadavéricos passados para o portal pela família do pedagogo.
Segundo especialistas, as lesões abertas da cabeça envolvem penetração do couro cabeludo e crânio. O documento que contém os detalhes da análise mostram ainda que o traumatismo foi provocado por um instrumento contundente. No entanto, esse objeto, que pode ser uma pedra, por exemplo, não foi detalhado.
A polícia tem o laudo cadavérico do paranaense desde o dia 30 de outubro, exatos 15 dias depois que o turista foi encontrado morto, segundo informação divulgada pelo Departamento de Polícia Técnica do estado (DPT).
Alan Oliveira
Alan Oliveira
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