O policial militar João Wagner Madureira, suspeito de matar a jovem Fernanda Santos Pereira, de 23 anos, a tiros, num posto de gasolina, em Ilhéus, no extremo sul da Bahia, vai responder por homicídio qualificado. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) que aceitou a denúncia do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
De acordo com a decisão de Gustavo Henrique Almeida Lyra, Juiz de Direito da 1ª Vara do Júri, da Comarca de Ilhéus, o policial tem 10 dias, a partir desta terça-feira (6), para apresentar resposta por meio de advogado ou da Defensoria Pública.
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João Wagner está preso no Centro de Custódia Provisória da Polícia Militar, emLauro de Freitas, na Região Metropolitana deSalvador, cumprindo o mandado de prisão preventiva decretada, no dia 18 de janeiro, uma semana depois do crime.
O que ocorreu
O crime aconteceu no dia 11 de janeiro e foi registrado pelas câmeras de segurança do posto de gasolina em que a jovem foi morta. Nas imagens, é possível ver Fernanda Pereira abaixada e João Wagner se aproximar, com uma arma na mão, e dar um chute nela. Os dois começam a discutir e a jovem chega a estapear o homem. Ele revida e começa a agredi-la. Em seguida, o suspeito consegue imobilizar a vítima e disparar contra ela à queima roupa.
A jovem chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos.
João Wagner se apresentou à polícia, três dias após o crime, prestou depoimento e foi liberado, já que o prazo para prisão em flagrante havia encerrado. No depoimento, o policial disse que o tiro tinha sido acidental.
De acordo com o delegado Helder Carvalhal, o principal indicativo para motivação do crime é de ato fútil já que o conflito que motivou a ação criminosa foi a disputa pela chave de um apartamento.
"Nós verificamos que não há um disparo acidental. O que nós percebemos, de acordo com as imagens, depoimentos colhidos, testemunhas ouvidas... Houve o acionamento do gatilho da arma e, por essa razão, a Polícia Civil entende que houve a prática de um crime de homicídio", afirmou o delegado.
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Cristina Mascarenhas
Cristina Mascarenhas
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