O marido da bióloga e ativista Laryssa Galantini, que morreu em uma acidente envolvendo duas lanchas na ilha de Boipeba, na Bahia, no dia 29 de dezembro, contou que a esposa amava viajar e saiu "super feliz".
"Ela tinha projetos para viajar, conhecer o o mundo mais, viajar para mais países", contou João Yuji.
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O advogado e músico revelou que um dos planos de Laryssa era terminar de escrever o segundo livro na área socioambiental, além de continuar atuando em grupos de ativismo.
Ainda segundo João Yuji, a esposa estava viajando com as amigas, após passarem o natal juntos, em São Paulo. Layrssa iria passar por ao menos cinco estados.
"Passamos o Natal com a nossa família. Ela saiu super feliz para viajar, relembrou.
Relembre o acidente
Duas pessoas morreram após duas lanchas baterem de frente nas proximidades da Ilha de Boipeba, destino turístico no baixo sul da Bahia, no dia 29 de dezembro. Além de Laryssa, um turista de Alagoas, advogado Mario André Machado Cabral, 34 anos, também morreu no acidente.
O condutor de uma das lanchas ficou ferido. O segundo piloto, que teria causado o acidente, foi preso em flagrante.
De acordo com a reportagem divulgada pelo g1 Bahia, o coordenador da 5ª Coordenadoria Regional de Polícia Civil, José Raimundo Nery Pinto, disse que o piloto que foi preso era reincidente e estava embriagado quando se envolveu no acidente.
Ainda de acordo com o delegado, o homem que causou o acidente tem licença para pilotar e a carteira de habilitação está na validade. O documento foi apreendido pela Marinha.
José Raimundo ainda disse que passageiros afirmaram ter visto o piloto ingerindo bebida alcoólica durante o passeio. Ele ainda afirmou que o piloto apresentava sinais de embriaguez quando foi preso.
Apesar da declaração do delegado, o teste de etilômetro (bafômetro) ao qual o piloto foi submetido não detectou presença de álcool no organismo.
"Possivelmente, isso se deu pelo tempo que demorou para [o teste] ser feito, porque o acidente aconteceu umas 15 horas e esse teste foi feito já por volta das 23 horas, pela própria Marinha", disse. Raimundo Nery ainda acrescentou que o resultado do procedimento deverá sair em 10 dias, mesmo prazo em que serão apresentados aos autos do inquérito.
Quem era Laryssa Galantini?
Laryssa Galantini era mestre em biologia, com experiência na área de biodiversidade marinha. Ela se dedicava a conservação do Cerrado e colaborava em projetos voltados para a preservação da vida silvestre na Chapada dos Veadeiros. Laryssa também era atuante em movimentos feministas, de preservação do meio ambiente e culturais.
