Dois policiais militares e uma terceira pessoa foram presos na manhã desta quinta-feira (29), em uma operação da Polícia Civil (PC). Os agentes são investigados pela morte de duas pessoas e prática de extorsões mediante a sequestro das vítimas.
Inicialmente, a polícia havia informado que o terceiro preso era um policial militar da reserva. Porém, horas depois, publicou uma errata detalhando que suspeito já havia sido demitido da corporação.
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Conforme a PC, os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos nos bairros de Brotas, Novas Brasília e Itapuã, em Salvador, além do Caji, na cidade de Lauro de Freitas.
Segundo o diretor do Departamento Especializado de Investigações Criminais (Deic), Thomas Galdino, um dos homens presos é um capitão do departamento pessoal, outro é um soldado da 37ª Companhia Independente da Polícia Militar(CIPM/Liberdade) e o terceiro foi demitido da corporação. Os nomes deles não foram revelados.
As vítimas eram padrasto e enteado. Eles foram identificados como Joseval Santos Santos e Jeferson Sacramento Santos. Os dois já haviam respondido por tráfico de drogas.
A família das vítimas não chegou a fazer o pagamento de resgate.
Dois PMs presos teriam sequestrado e matado as vítimas em julho de 2024
Ainda conforme informações do delegado Thiago Galdino, os PMs investigados teriam sequestrado e matado as vítimas no dia 11 de julho de 2024.
"Esse situação se deu no dia 11 de julho, quando as vítimas foram raptadas dentro de suas casas. Posteriormente, esses indivíduos que foram capturados hoje, passaram a praticar extorsões em desfavor dos familiares, todavia, no outro dia, essas vítimas foram encontradas mortas", explicou o delegado Thiago Galdino.
A operação que levou à prisão dos suspeitos contou com o apoio da Coordenação de Operações e da Delegacia Antissequestro (DAS) e da Corregedoria da Polícia Militar. Durante a operação, foram apreendidos pistolas calibres 9 mm e .380, celulares, um revólver 357, munições, um carregador de fuzil 7.62 e R$ 1.858. Todo o material coletado passará por perícia, enquanto a origem do dinheiro será investigada.
Em nota, a Polícia Militar informou que sempre que acionada, apura as denúncias a fatos dos quais integrantes da corporação são acusados. A corporação esclareceu que apurações conduzidas pela instituição não excluem as investigações feitas ou iniciadas por outros órgãos, com as eventuais responsabilizações administrativas e penais.
Além disso, a PM reafirmou o compromisso com a transparência e a ética, bem como garantiu que não serão toleradas ações que comprometem a confiança e o respeito da população.
Redação iBahia
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