A alta taxa de desemprego registrada no Brasil pelo IBGE chegou a marca de 8,1% no trimestre encerrado em maio, o que causa grande inquietação da população que está preocupada com o momento econômico vivido no País. Porém, a situação também é encarada com positividade por quem deseja empreender, sendo uma alternativa a falta de posições no mercado de trabalho.De acordo com o Sebrae, três em cada dez brasileiros que perdem o emprego não voltam ao mercado de trabalho formal, utilizando indenizações e fundo de garantia para investir em negócio próprio, porém, muitas vezes essa decisão acaba se tornando em mortalidade prematura da nova empresa por falta de planejamento e apoio jurídico.Para a advogada Flavia Maria de Oliveira Dechechi, diretora da AFO Advogados, as pequenas empresas são essenciais para a economia brasileira, mas é preciso que a empresa esteja bem assessorada juridicamente para seguir em frente. "O índice de mortalidade de novas empresas é altíssimo, grande parte em virtude da falta de planejamento e apoio jurídico, itens imprescindíveis para iniciar qualquer empreendimento", garante.A pesquisa "Causa Mortis", publicada pelo Sebrae, revela que a maior causa de fechamento de empresas é a falta de planejamento e busca de pessoas capacitadas a auxiliar na abertura e andamento do negócio, o número chega a 82% de empresas que fecham antes dos seis meses, o que evidencia a preocupação de Flavia ao se referir a questões essenciais para iniciar o novo negócio.Muitas vezes o novo empreendedor toma decisões que podem comprometer o futuro do negócio e é comum as pequenas empresas acreditarem que a figura de um advogado só seja necessária quando houver uma demanda judicial, porém, chegar a esse ponto pode ser extremamente prejudicial ao andamento do empreendimento. "As tomadas de decisões, desde as mais corriqueiras às estratégicas e essenciais para a sobrevivência dos negócios precisam ser racionalizadas com cautela e de preferência em conjunto com advogados especializados em assessoria jurídica empresarial. A figura do advogado é necessária na elaboração do plano de negócios; é no nascimento da empresa que um advogado especializado fará a análise da documentação e as medidas jurídicas protetivas e preventivas necessárias para o início e bom funcionamento da empresa", destaca Flávia. Uma equipe jurídica não apenas é indispensável para aconselhar o novo empreendedor nas tomadas de decisões, mas também para redigir contratos, criar o contrato social, o acordo de cotistas, preservando a amizade, o convívio e o sucesso do empreendimento. "É necessário entender que um negócio não é apenas uma ideia. E é aí que a equipe jurídica entra: cuidando da prevenção de problemas, das demandas jurídicas e burocráticas para deixar o empreendedor livre para fazer o que mais gosta, que é investir em seu negócio", finaliza Flávia.
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