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SALVADOR

Acarajé exportação: Projetos baianos ganham o mundo, como o do quitute congelado

A inovação torna uma empresa mais competitiva, e se dá a partir de mudanças no produto

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23/08/2011 às 18:06 • Atualizada em 30/08/2022 às 12:27 - há XX semanas
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Quem nunca pensou em viajar e levar um acarajé para aquele amigo que deixou a Bahia e sente falta do quitute? Foi de olho nessa demanda do mercado que o empresário Ubiratan Sales inovou e criou O acarajé para exportação,que é vendido congelado. “Foram oito meses de pesquisas e testes, para encontrar a fórmula certa para o produto”, diz. Como Sales, outros baianos Também estão conquistando o mundo com seus projetos inovadores.
Empresário demorou oito meses para encontrar a fórmula do acarajé congelado
O empresário do acarajé conta que a fórmula, ou a receita, foi desenvolvida a partir de experimentos com diferentes tipos dos já tradicionais ingredientes e análises em laboratórios para aumentar a validade do produto. “Já temos uma produção média de três mil unidades, mas chegaremos em nove mil ainda este ano”, acrescenta. A ideia de Sales segue um conceito simples: inovar. A inovação torna uma empresa mais competitiva, e se dá a partir de mudanças no produto, no processo de fabricação, ou no modo organizacional, ensina a supervisora de Inovação e Acesso a Tecnologia do Sebrae Bahia, Márcia Motta Suede. “Mesmo que não seja uma mudança radical, é importante inovar”, ressalta. Para a especialista, é preciso que pequenas e médias empresas também saibam que podem inovar e que não precisam fazer muito investimento para isto. Ela exemplifica que boas práticas de fabricação são elementos de uma empresa inovadora e, às vezes, não é necessário investir em tecnologia para isso. CONSTRUÇÃO No começo deste ano, os estudantes Rafael Guimarães e Vinícius Cal trouxeram para casa um prêmio de US$ 100 mil para desenvolver sua ideia inovadora: uma grua automatizada. A máquina é usada na construção civil e tem como objetivo transportar materiais pesados para os andares em construção. A inovação é que os estudantes de Engenharia Mecatrônica pensaram em um sistema de contrapeso móvel, em vez do fixo usado nas máquinas atuais. Dessa forma, os pesos ficam mais equilibrados, evitando acidentes. “Quando os operadores estão deslocando a carga acontece o desequilíbrio. Com a grua automatizada, esse peso vai se deslocar de acordo com o local em que ele deve ficar e fornecer o equilíbrio da grua”, explica Cal. O projeto teve o apoio da Incubadora de Negócios Unifacs, local onde os alunos estudam, e surgiu há três anos com base na observação de acidentes em obras de Engenharia Civil.O projeto venceu a competição internacional James McGuire Global Business Plan Competition, da Laureate International Universities. “Já fizemos a patente do produto,nosEUAeemmais27 países. Planejamos vender dentro da comunidade europeia”, comemora Cal. Ele acrescenta que também foi importante todo o plano de negócios que eles desenvolveram para ganhar o prêmio, apresentando a viabilidade econômica do produto. NOVOS MERCADOS Uma grua hoje tem capacidade média de carregar uma tonelada de carga e custa R$ 180 mil. O projeto desenvolvido pelos estudantes vai permitir carregar cinco toneladas e custar R$200mil.“Hoje, não se avalia apenas o produto na hora em que se pensa em inovar. Se avalia principalmente o mercado potencial”, analisa Cal. LIXO ENERGÉTICO Luiz Jordans Ramalho transformou o resíduo de própolis, resultado da produção apícola (mel de abelha),em uma bebida energética inédita no mercado. Resultado de dois anos de pesquisa, projetos e investimentos em maquinários, Ramalho desenvolveu essa ideia depois que ganhou o Edital Senai Sesi de Inovação 2009. “Era um desperdício jogar no lixo um produto que é considerado um antibiótico natural”, lembra. O empresário já tem 20 anos no mercado de apicultura, localizado no município de Barra do Choça. Para ele, essa experiência será positiva na distribuição e comercialização do produto, inicialmente no estado. “Devemos lançar o Energiapis (nome da bebida) em setembro”, conta. A previsão é que uma embalagem de 300 ml seja vendida por R$5.“ Às vezes, o pequeno empresário tem uma ideia e não consegue chegar a lugar nenhum. Nesse ponto, foi fundamental ter ganho o prêmio”, lembra Ramalho.

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