Uma advogada e um ex-funcionário de uma empresa de cosméticos de Salvador, a Amávia, afirmam que foram agredidos por um dos sócios da franquia, durante uma tentativa de acordo trabalhista na sede da empresa, em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador.
A advogada Yasmin Oliveira afirma que as agressões aconteceram no dia 10 de fevereiro. Na ocasião, ela acompanhou o cliente e ex-funcionário da Amávia Rafael Batista em uma reunião para um acordo sobre a rescisão trabalhista.
"Fomos convidados para a empresa para uma reunião sobre negociação de valores de um acordo trabalhista. Eu sou advogada trabalhista e fui procurada por Rafael porque ele queria rescindir o contrato de trabalho. Buscamos uma forma extra judicial evitando problemas para chegar em uma decisão amigável", contou Yasmin à TV Bahia.
A advogada relatou que esta era a segunda visita que ela fazia à empresa juntamente com Rafael. No entanto, ao chegar no local, os dois foram colocados em uma sala diferente de onde teria ocorrido o primeiro encontro.
Segundo ela, essa sala era afastada e não tinha câmeras, além de o acesso a porta ser dificil. "Com intuito de fazer ameaça para que os valores que Rafael tem direito não fossem efetivados", contou.
Neste dia, o primeiro contato foi de um responsável pelos Recursos Humanos (RH) da empresa, que teria afirmado que não haveria acordo e que o sócio da Amávia, Carlos Nunes iria encontrar o ex-funcionário e a advogada.
O sócio então, segundo Yasmin, ao se certificar que não havia câmeras na sala, começou a agredir Rafael. A advogada também foi agredida enquanto pedida socorro.
"Ele perguntou se estava gravando, quando eu disse que não, ele começou a agredir Rafael com chutes, pontapés, deu uma mata leão em Rafael. Nesse momento Rafael cai. Eu tento contato com a polícia, quando é desferido um murro para que eu não possa pedir ajuda. Com os gritos, com o clamor, outros funcionários adentraram a sala, e conseguiram retirar ele. De dentro do galpão, eu liguei para polícia por estávamos sendo ameaçados", disse.
A advogada contou que quando os policiais chegaram ao local, o sócio da empresa já havia fugido. Rafael Batista se manifestou sobre o caso nas redes sociais.
O jovem conta que trabalhou na empresa por mais de um ano e que apanhou porque foi "atrás dos direitos trabalhistas".
"Sofri diversas agressões, xingamentos, murros na cabeça e braços, me defendi em posição fetal, ao chão, sem entender o que acontecia. Eu apanhei porque fui atrás dos meus direitos trabalhistas. Ele agrediu minha advogada no rosto com um murro. Uma mulher, mãe, de menos de 1,60, no rosto. Um murro de um homem. Sem motivo nenhum fui mais uma vez agredido e ofendido, muito mais do que os murros fui ameaçado de morte", escreveu o ex-funcionário da Amávia na legenda do vídeo.
Sócio nega
Em nota enviada à TV Bahia, o sócio da empresa nega as acusaões e classificou as denúncias como chantagens. Confira a íntegra da nota:
"Sempre pautei a minha história na ética e no respeito (...) não me curvarei à chantagens e nem serei conivente com nenhum ato ilícito. Ao tomar conhecimento das declarações emitidas, as refuto completamente, visto que jamais ocorreram da forma contada, o que será provado judicialmente, porque não tenho dúvidas de que a verdade, prevalecerá".
Nunes disse ainda que as acusações seriam caluniosas e disse repudiar "qualquer tentativa de manchar a minha imagem e a de uma empresa com princípios sólidos e alicerçados na diversidade e no respeito aos direitos humanos, sobretudo das mulheres".
Segundo a nota, "medidas judiciais e administrativas cabíveis já estão sendo adotadas e, restará devidamente comprovado, que as acusações são infundadas e inverídicas".
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Redação iBahia
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