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SALVADOR

Blitz na entrada de Santo Inácio tenta conter casos de violência

População está assustada. Maioria dos crimes envolve motociclistas

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10/08/2012 às 8:53 • Atualizada em 27/08/2022 às 2:54 - há XX semanas
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Entrada do Jardim Santo Inácio, 10h de ontem. Três mulheres passam reclamando em direção a policiais que faziam uma blitz. “Vocês precisam dar um jeito nisso. Estão apedrejando os ônibus da BTU e os motoristas se recusam a entrar aqui”, esbraveja uma das senhoras, que, junto com as demais, teve que descer na entrada do bairro e seguir andando para casa. Logo, dois soldados da 48ª Companhia Independente (Sussuarana) se aproximam da mulher e pedem detalhes do episódio. “Ontem (quarta-feira), um passageiro levou uma pedrada e hoje (ontem), outro ônibus foi atacado. Os motoristas da BTU estão apavorados”, afirmou a mulher, relatando o que seriam novos episódios de uma semana violenta no bairro. Desde a segunda-feira, moradores e comerciantes vivem momentos de terror. Após um arrastão em que estabelecimentos foram saqueados por um grupo de dez homens, os 785 alunos da Escola Municipal Jardim Santo Inácio ficaram sem aulas por dois dias – a direção optou por suspender as atividades para garantir a segurança de alunos e funcionários. Apavorados, comerciantes resolveram fechar as portas mais cedo. De acordo com a polícia, o clima de tensão é resultado de brigas entre gangues de Santo Inácio e da vizinha Mata Escura. Ontem, a escola reabriu. Mas os apedrejamentos voltaram a assustar os moradores. Com as queixas das senhoras, os policiais suspenderam imediatamente a blitz e resolveram entrar na localidade. Duas guarnições com sete policiais da 48ª CIPM circularam pela Rua Direta de Santo Inácio - a principal do bairro - e não constataram nenhuma anormalidade. Mas, no final de linha de Santo Inácio, um funcionário da empresa União, que faz linha direta para o local, confirmou que motoristas da empresa BTU não querem rodar por ali até que a situação seja normalizada. “Os ônibus que saem da Mata Escura para a Estação Pirajá deveriam entrar aqui. Mas os colegas estão com medo. Como os veículos não são escoltados e a polícia não fica na área, a comunidade é a mais penalizada”, declara o rodoviário.
“Independente da situação, a violência por aqui é constante. Da Mata Escura para cá, muitos ônibus são assaltados. Tem colega traumatizado e pedindo para ser transferido para outra região”, dispara outro funcionário da empresa União. Procurado pelo CORREIO, o gerente administrativo da BTU, Adelmo Cerqueira, confirmou que dois ônibus da empresa foram apedrejados, mas desconhece o fato de os motoristas não entrarem em Santo Inácio. “Se estão agindo dessa forma, não é de conhecimento da empresa. Vamos pedir apoio da polícia para que o problema seja resolvido”, declara. Depois da incursão na Rua Direta, os policiais retomaram as abordagens em frente à entrada de Santo Inácio. As motocicletas foram os veículos mais visados pelos PMs. Na maioria dos crimes em Santo Inácio, os bandidos usam esse tipo de condução. Dezenas de motociclistas foram revistados, mas, segundo explicou o cabo Romenildo Santana, oficial que estava no comando da ação, não houve prisões nas abordagens. Matéria original Correio 24h Blitz realizada na entrada do bairro tenta conter episódios de violência em Santo Inácio

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