Candidatos falam sobre conta de água, segurança e transporte

O primeiro bloco do debate da TV Bahia entre os candidatos ACM Neto (DEM) e Nelson Pelegrino (PT) nesta sexta-feira (26) foi de perguntas de tema livre trocadas entre os candidatos. A escolha sobre quem iria começar a perguntar foi por sorteio. O debate é mediado pelo jornalista Alexandr Garcia. ACOMPANHE O DEBATE AO VIVO PELA INTERNET O candidato do PT Nelson Pelegrino abriu o debate perguntando sobre as propostas de ACM Neto o trânsito, acusando-as de serem "praticamente uma cópia" das propostas petistas, e inquerindo como o democrata pretende financiar as novas obras, como a construção de seis viadutos integrados aos corredores exclusivos para os ônibus de Salvador. "A estimativa de custo é de R$ 350 milhões. Você sabe, ano que vem, vai haver concessão do serviço de ônibus. Vou colocar como contrapartida justamente essas intervenções. Vamos ter também financiamento externo e também apoio do governo federal. Portanto vai ser um conjunto", respondeu Neto. "Isso vai encarecer a passagem de ônibus, não sei se é um bom caminho", respondeu Pelegrino, dizendo ser ele o candidato a ter condições de trazer as parcerias para fazer as obras necessárias para o trânsito da capital baiana. Neto negou que a tarifa de ônibus vá aumentar. "Eu vou jogar duro com os empresários de ônibus". Em seguida Neto perguntou se o petista acha justo que o povo de Salvador pague uma conta de tão água tão cara. Pelegrino rebateu perguntando se Neto acha justo os soteropolitanos pagarem a taxa de esgoto "estabelecida por vocês". "Para fazer a universalização, temos dois caminhos. Um é através da tarifa e outra é privatizando. Eles privatizaram a Embasa", acusou Pelegrino, dizendo que a tarifa vai proporcionar que todos tenham saneamento básico. "Eu como prefeito quero estabelecer uma agência reguladora", defendeu Neto. "Quero defender o povo de Salvador contra essa tarifa extorsiva que vocês cobram". Na sequência, Pelegrino questionou como Neto pensa em financiar Salvador sem apoio do governo do estado e do governo federal. "Não vou transferir a responsabilidade da cidade para ninguém, o que é dever do prefeito (...) Eu vou chamar a responsabilidade para mim. Salvador vai crescer, a economia vai crescer (...) Vou aplicar bem o dinheiro público", disse. Para ele, o "alinhamento" entre os governos estadual e federal não fez tão bem à Bahia quanto o PT defende. "Está um caos". "Tudo que ele está dizendo que vai fazer, eu vou fazer. A questão aqui é quem pode mais", rebateu Pelegrino, voltando a insistir na necessidade de uma parceria com estado e governo. Neto então disse não acreditar que a presidente vai perseguir um prefeito de oposição. "Vou procurar manter uma relação harmônica com o governador e a presidente, porém insistindo sempre que Salvador pode caminhar com as próprias pernas", finalizou. O candidato do DEM questionou a efetiva participação de Pelegrino nas políticas de segurança do governo Wagner como secretário de Justiça. O petista disse que ajudou a combater a criminalidade com investimento em ações sociais. "A violência cresce no estado. Infelizmente agora o senhor quer se esquivar". Pelegrino pediu para ele manter o nível de debate. "Pare com essa história de fracassado.. Fui secretário de Justiça e fui um secretário muito bem avaliado".