O soldado da 5ª Companhia Independente da PM (Vera Cruz), Igor Lima da Hora, 29 anos, foi baleado dentro de casa pela namorada, a administradora Thaís Silva Pereira, 26, na noite de quinta-feira, no Rio Vermelho. Ela usou a arma do policial, que mora ao lado do bar Europa, no Largo de Santana.O motivo do crime, de acordo com a polícia, foi uma crise de ciúmes da jovem. Igor foi atingido no tórax e na perna. No total, foram seis tiros disparados, mas apenas dois atingiram o policial. Depois de atirar no namorado, Thaís pegou uma tesoura e cortou os próprios pulsos e pescoço. Viaturas da 12ª CIPM (Ondina/Rio Vermelho) chegaram ao local logo após os disparos e levaram os dois para o Hospital Geral do Estado (HGE) por volta das 23h20. Um primo de Igor, que chegou à casa após o fato, contou que Thaís estava bastante machucada com os cortes. A administradora continua internada no HGE e ontem à tarde foi submetida a uma cirurgia. Já Igor foi transferido para o Hospital Português, mas não corre risco de morte. Segundo a assessoria de comunicação da PM, o policial foi submetido a uma cirurgia para remover os projéteis. Já familiares de Thaís, encontrados pelo CORREIO no HGE, preferiram não falar sobre o estado de saúde da moça e disseram desconhecer o motivo da briga. Policiais da 7ª Delegacia (Rio Vermelho) que estiveram ontem no hospital informaram que o estado de Thaís é grave. A Secretaria estadual da Saúde, contudo, não confirmou a informação. De acordo com policiais militares da 12ª CIPM, Thaís aproveitou um descuido do namorado e pegou a arma de Igor, que é soldado da 5ª CIPM há dois anos, e começou a atirar contra ele. Igor tentou fugir pulando o portão da casa, mas acabou sendo atingido no tórax e caiu no chão. A moça, porém, continuou atirando e o acertou também na perna. De acordo com um tio de Igor, que preferiu não se identificar, a família dele ainda não consegue entender o que aconteceu. “A gente sabe que eles namoravam, que se gostavam muito, mas ela é hiper ciumenta. Mas, fora disso, não podemos falar mais nada, pois não sabemos o que aconteceu”, disse o tio. Thaís foi autuada em flagrante e responderá por tentativa de homicídio. Ela teve o pedido de prisão solicitado pela delegada Heleneci Nascimento, plantonista da 7ª Delegacia. O crime assustou frequentadores e funcionários de bares no Largo de Santana. Ontem, a garçonete Milena Rodrigues, 32, contou que muitas pessoas saíram correndo dos bares e restaurantes quando ouviram os tiros. “Foi pânico. Muita gente quebrou garrafa, se jogou na avenida. Foram muitos tiros, um atrás do outro. As pessoas acharam que era tiroteio”, disse Milena. O crime foi o assunto nas mesas dos frequentadores do Largo de Dinha, ontem. Para o administrador João Carlos Júnior, 35, que frequenta o largo há 20 anos, o fato não o faz desistir de ir ao local. “Já vi muita confusão aqui e nunca deixei de vir por isso. Enquanto não está me atingindo eu fico tranquilo”, disse. Para a funcionária pública Laíse Brandão, 32, o fato de o crime ter acontecido perto do Largo de Dinha não significa que o local é menos seguro. “O perigo está em qualquer lugar”. Matéria original Correio 24h Crise de ciúmes motivou atentado contra PM no Rio Vermelho, diz polícia
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