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SALVADOR

Familiares de homens baleados em ação da PM no Nordeste de Amaralina procuram Corregedoria

Vítimas seguem internadas no Hospital Geral do Estado. Polícia Civil investiga o caso

Redação iBahia • 27/12/2022 às 17:29

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Familiares dos dois homens que foram baleados durante uma ação de policiais militares no Nordeste de Amaralina, em Salvador, procuraram a Corregedoria da Polícia Militar nesta terça-feira (27) para registrar o caso. Eles denunciam violência dos PMs durante a ação.

A operação aconteceu na noite do último sábado (24), véspera de Natal, na localidade conhecida como Capim. As vítimas foram identificadas como Marcelo e Adeilton, de 19 e 34 anos respectivamente. Segundo os moradores da região, os policiais teriam chegado atirando no local.

Após serem baleados, os dois homens foram socorridos e levados para o Hospital Geral do Estado (HGE), onde seguem internados nesta terça-feira.

Em entrevista à TV Bahia, o pai de Adeilton, que tem o mesmo nome que ele, fez críticas à ação e contou que espera o secretário de Segurança Pública da Bahia, Ricardo Mandarino, melhore o treinamento dos policiais para que as situações não voltem a se repetir no bairro.

"O comando já entra na comunidade em pânico, eles [PMs] estão dando tiro na própria sombra. Qualquer movimento que o pessoal der, eles já querem atirar. Agora mesmo, eles fizeram uma ação covarde, praticamente ficaram em tocaia", desabafou Adeilton.

Na entrevista, a mãe de Marcelo relembrou o ocorrido e afirmou que o filho teria levantado as mãos, em sinal de rendição, quando os policiais chegaram no bairro. "Meu filho não tem o hábito de correr de polícia. Meu filho tem o hábtio de pegar uma chuteira, um meião e ir para o treinamento dele, porque ele é esportista", explicou.

Já o pai de Marcelo, Ademário, contou que o estado de saúde do filho é preocupante. "O estado de saúde dele está nas mãos de Deus. Ele já passou por cirurgia. Ontem a gente achou que ele apresentou uma melhor, porque ele estava suando, então [achamos que] está reagindo bem", disse.

Adeilton foi baleado na perna e no braço, conforme detalhou o pai dele. "Meu filho está praticamente imobilizado e incapacitado de exercer a função dele, que é de pedreiro. Ensinei a profissão a ele na adolescência, ele é um trabalhador, profissional da construção civil", lamentou.

Ainda segundo Adeilton, o filho passou por cerca de quatro cirurgias, no entanto, ele teve uma hemorragia no braço e foi necessário colocar um pino para estancar o sangue.

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