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Salvador teria 5 mil leitos de hospedagem atualmente |
Quarta maior do país em número de estabelecimentos de hospedagem (516), a capital e Região Metropolitana de Salvador têm capacidade para hospedar mais de 50 mil turistas, de acordo com a pesquisa de Serviços de Hospedagem, divulgada nessa quarta-feira (25) pelo IBGE.Ao todo, revela o estudo, são 21.591 unidades habitacionais,o que representa 6,6% da participação nacional. O dado credita a região a atender o fluxo de turistas que passarão por aqui durante a Copa doMundo de 2014. A FIFA pede que cada cidade-sede tenha número de leitos equivalente a 30% dos assentos dos estádios onde ocorrerão os jogos. Para um estádio com 50 mil lugares - a Arena Fonte Nova - seriam necessários, portanto, 15 mil leitos.De acordo como presidente do Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SHRBS), Silvio Pessoa, Salvador tem atualmente 5 mil leitos. ARMS soma mais 17,9mil. “Até 2014, a expectativa é de que tenhamos um total de 63 mil leitos, com a conclusão de 14 empreendimentos. Número mais do que suficiente para atender à demanda”, diz ele, que prevê um fluxo médio de 60 mil turistas dia visitando a cidade no período da Copa do Mundo.Para Pessoa,o gargalo na infraestrutura é que pode trazer transtornos para os visitantes. “O metrô que não está pronto e o aeroporto que opera acima da capacidade são problemas que precisam ser resolvidos com urgência”, afirma. O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis da Bahia (ABIH-Ba), José Manoel Garrido, reitera o potencial de Salvador para recepcionar os turistas. Entretanto, ele alerta que a grande preocupação é o pós-Copa. “Precisamos conseguir manter esse fluxo durante o resto do ano. A Copa acontece em apenas um mês”, comenta.
Capitais - O estudo aponta ainda que a capacidade hoteleira no Brasil está predominantemente concentrada nas capitais, com quase 75% da oferta nacional. Salvador responde por 69,4% do total de hospedagens em relação à região metropolitana. São 386 estabelecimentos, entre hotéis, pousadas, albergues e outros. Mata de São João, Camaçari, Lauro de Freitas e Vera Cruz contabilizam 130 locais para hospedagem, de acordo com o IBGE.Ainda segundo o levantamento, quatro regiões metropolitanas foram responsáveis por cerca de 41% do total de estabelecimentos - São Paulo(com 1.323), Rio de Janeiro (609), Belo Horizonte (589) e Salvador (516). Considerando todas as regiões, o IBGE constatou que os hotéis respondem hoje por 46,9% do total de estabelecimentos de hospedagem no país, seguidos por motéis (24,8%), pousadas (20%), apart-hotéis/flats (3,2%), pensões (2,7%), albergues regulares (1,4%) e outros (campings, dormitórios, hospedarias), com 1%. A pesquisa revela ainda que poucos estabelecimentos estão adaptados para atender pessoas com necessidades especiais: apenas 1,4% dos mais de 7 mil registrados.
Motéis são 23% - 23,5% dos estabelecimentos de hospedagem nas principais capitais do país, segundo levantamento do IBGE sobre o setor, são motéis. Em termos relativos, a maior concentração de motéis encontra-se em Fortaleza, onde eles respondem por 39,3% do total dos estabelecimentos de hospedagem, seguido por Belo Horizonte, com 34%; Porto Alegre (32,1%) e São Paulo (27,2%). Em Salvador, os motéis representam 11,2% dos estabelecimentos de hospedagem. Por causa das praias e do turismo de veraneio, as pousadas e pquenos hotéis (até 20 quartos) são mais numerosas, também em termos relativos, em Florianópolis (40,2% do total), Natal (20,2%) e Fortaleza (21,4%). Em Salvador, elas respondem 38,4% do mercado, revela o estudo. Brasília, por sua vez, tem a maior proporção de hotéis em sua rede de estabelecimentos: 67,1%. A capital federal é seguida por Curitiba (62,4%), São Paulo (59,1%) e Rio de Janeiro (58,3%). O número de hotéis em Salvador responde por 44% dos estabelecimentos de hospedagem.
Baixo padrão é maioria - Os estabelecimentos de médio e baixo padrão de conforto são a maioria entre a rede hoteleira das principais regiões metropolitanas brasileiras. Segundo o estudo do IBGE, 87,4% dos hotéis,motéis, pousadas e outros “encontram-se nos padrões de médio e baixo conforto/qualidade dos serviços”. Entre esses estabelecimentos, 27,4% são considerados turístico/médio conforto, 38,3% econômicos e 21,7% simples. Ainda segundo o levantamento, apenas 2,9% dos estabelecimentos pertencem à categoria luxo, enquanto outros 9,7% são considerados de padrão superior/muito confortável. Ainda que a região metropolitana de São Paulo tenha o maior número de estabelecimentos de luxo e superior/muito confortável (174), a região metropolitana do Rio de Janeiro registra, em termos relativos, a maior proporção desses estabelecimentos na sua rede de hospedagem, com 18,2%, seguida das Regiões Metropolitanas de Curitiba, com 17,9%, de Porto Alegre, com 14,4%, e de São Paulo, com 13,2%. Na capital baiana, os empreendimentos de luxo representam 3,7% do total de estabelecimentos. Já os de médio e baixo padrão representam mais de 66% do mercado. De acordo com o presidente da ABIH, José Manoel Garrido, isso deve à necessidade do mercado local. “O poder aquisitivo das pessoas ainda é muito baico. A maioria das pessoas que viajam ainda não consomem o alto luxo. Por isso é comum que os de médio e baixo padrão sejam maioria”.