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SALVADOR

Mãe fatura R$ 3 mil com piquenique por causa de sonho do filho

Fabiana estava desempregada há dois anos até que o filho pequeno sonhou com um piquenique e sugeriu a ideia para o negócio

Redação iBahia • 27/11/2017 às 8:47 • Atualizada em 28/08/2022 às 10:55 - há XX semanas

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Como um despertador, todos os dias o pequeno Gabriel, de 9 anos, acorda a mãe por volta das 7 horas. Em um dia de verão, no ano passado, não foi diferente. “Mamãe, acorda! Eu sonhei que você fazia o meu aniversário e era um piquenique”, disse para Fabiana Sampaio. Pouco tempo depois, a sua mãe, então desempregada, decidiu colocar a mão na massa para fazer a festinha: foi na Feira de São Joaquim, pegou uns caixotes que estavam jogados e reciclou; pediu que a avó e a madrinha do menino fizessem algum lanchinho e gastou parte do fundo de garantia para finalizar a decoração. E eis que Gabriel tem outra ideia: por que você não trabalha com isso?
Foto: Betto Jr | Correio*
Fabiana ficou encucada com a sugestão, afinal estava sem emprego há 2 anos e precisava de uma fonte de renda. Por outro lado, parecia tão inocente. Depois da festinha do garoto, em janeiro, ela decidiu fazer algumas pesquisas e viu que na capital não existia nenhuma empresa especializada em piquenique. Foi então que fez um grupo no WhatsApp e convidou ‘piqueniqueiras’ de todo o Brasil — do Rio ao Acre — para trocar figurinhas. Com os relatos, ela se animou e decidiu investir em especialização, compra de material e divulgação na internet. Eis então que abriu a Picnic Salvador.
Em agosto de 2016 o primeiro cliente, que ela sequer conhecia, ligou pedindo uma festa de aniversário infantil. Deu certo. Gabriel Sampaio tem mesmo o radar de empreendedor - apesar de estar em dúvida entre ser médico ou se alistar para o exército daqui a uma década. Nesse tempo, Fabiana, que antes trabalhava no setor administrativo, precisou se virar em uma área nova. Aprendeu a costurar em uma máquina da mãe, parada há quase 20 anos; assistiu muito tutorial na internet; montou todas as peças de decoração e se aventurou na cozinha.
De parque a condomínio
Hoje, um piquenique básico, para 10 ou 15 pessoas, com lanchinho e decoração simples (toalha, almofada, caixotes e bichinhos de feltro) custa R$ 1,5 mil e ela consegue faturar R$ 900. Quem quer algo mais pomposo pode adicionar contador de história, musicalização, brincante (aquele que faz enormes bolas de sabão) e até oficinas criativas. Porém, apesar de ter muitos elementos do imaginário infantil, Fabiana diz que “trabalha com todos os públicos, desde evento corporativo a casamento”. Em um mês, com média de três eventos, ela lucra cerca de R$ 3 mil.
No verão, Fabiana aposta nos piqueniques ao ar livre, como em parques, onde a criançada pode ficar à vontade na grama. Para os pais que preferem locais mais reservados também rola em escola, condomínio e até dentro do apartamento, se tiver espaço.
O advogado Marcelo Oliveira foi um dos pais que optou por fazer o piquenique dentro do próprio prédio. Como está no contrato que os responsáveis devem ficar de olho nas crianças, ele preferiu não arriscar ao ar livre, afinal são 20 convidados para a festa da sua filha, Beatriz Montarroyos, que acontecerá no fim do mês. Ela, que tem 6 anos, toca violino, sapateia, faz capoeira e é poeta. Por que o piquenique? “Bia é totalmente ligada à arte e prometemos que quando ela aprendesse a ler, faríamos uma festa da leitura. Agora chegou o momento”, conta animado.

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