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Namoradas agredidas por segurança do Acbeu são indenizadas

Na época, durante uma exposição na galeria do curso, as duas foram impedidas de entrar no sanitário feminino. Houve discussão e um soco

• 05/03/2015 às 19:42 • Atualizada em 29/08/2022 às 13:02 - há XX semanas

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Duas jovens agredidas por um segurança no Acbeu receberão indenização de R$ 25 mil por danos morais, segundo decidiu em audiência nesta quarta-feira (4) a 3ª Turma Recursal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). O valor será dividido entre as duas, a atriz Roberta Nascimento, 28 anos, e a namorada, a artista Talitha Andrade, 31. O caso foi em 2013 no curso de idiomas, na Vitória. Na época, durante uma exposição na galeria do curso, as duas foram impedidas de entrar no sanitário feminino. O segurança disse que o motivo era o fim do evento, mas as duas disseram que outras mulheres conseguiam entrar no banheiro. Começou então uma discussão que culminou com a agressão do segurança, que deu um soco em Roberta. Na decisão, os desembargadores votaram de maneira unânime pela sentença, mesmo considerando que não havia provas no auto de que a motivação foi de fato homofobia. A reportagem não conseguiu contato com o Acbeu.
Namoradas agredidas por segurança do Acbeu são indenizadas em R$ 25 mil
"Finalmente página virada"Roberta desabafou em uma rede social depois da sentença. Ela lembrou do primeiro julgamento do caso, quando foi decidido que não havia dano moral. "COMO ASSIM??? E quanto vale um DANO MORAL?? Quanto vale um rosto desfigurado e todo o pacote que vem junto??. Sim, dessa vez o dano moral foi pelo menos reconhecido, não de um casal de lésbicas que foi agredido e uma delas teve seu rosto desfigurado, mas de dois seres humanos ( que também são mulheres, lésbicas e casadas ) que tiveram suas vidas viradas de ponta cabeça por conta de uma terrível agressão em uma galeria de arte...", escreveu. Ela disse esperar que o caso sirva de exemplo para outras pessoas que passem pela mesma situação. "Finalmente página virada, assim espero, tudo que eu queria era que essa história se findasse, porque reviver os fatos nos fragiliza novamente". Talitha também comemorou o resultado, depois de quase dois anos. "Que nosso caso inspire outras mulheres, lésbicas, gays, trans, e demais minorias que (infelizmente) diariamente passam por situações parecidas de desrespeito a nossa cidadania e ao nosso corpo...".
Correio24horas

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