O pai do jovem Deivisson Luis de Santana, de 23 anos, vítima fatal de leptospirose na última sexta-feira (14), prestou depoimento na 5ª Delegacia Territorial, em Periperi, no Subúrbio Ferroviário. Ele é apontado como o principal responsável pela invasão ao Hospital do Subúrbio durante um protesto realizado antes do sepultamento do corpo do filho.
De acordo com informações do delegado Antônio Carlos Magalhães Santos, titular da unidade policial, Mário Davi Tito de Santana confessou ter organizado a manifestação incentivado por amigos e familiares, que deram a ideia de levar para o local o caixão com o corpo de Deivisson. Ele disse ao delegado que ficou com raiva dos responsáveis pelo hospital porque considera que houve erro médico no atendimento, já que não foi feito o diagnóstico da doença a tempo de evitar a morte do jovem. Durante o protesto no hospital, ele percebeu que havia perdido o controle da situação e garantiu que não participou de nenhuma ação de depredação ao patrimônio público. "Ele disse que esteve acompanhado de uma equipe de reportagem, que poderá testemunhar a seu favor", disse o delegado, que ouviu o pai da vítima nesta segunda-feira (17), e pretende chamar cerca de dez pessoas para depor ao longo desta semana. "Algumas pessoas foram identificadas pelas reportagens e outras são familiares da vítima", explicou Antônio Carlos. Os familiares e amigos da vítima dizem que houve negligência médica no atendimento ao paciente quando ele deu entrada no Hospital do Subúrbio com os primeiros sintomas da leptospirose. Na ocasião, ele foi atendido por um neurologista que teria receitado um relaxante muscular após fazer um raio-x em Deivisson. O hospital contesta a versão da família do jovem e diz que ele deu entrada na unidade reclamando de dores nas costas. Abraço simbólicoO secretário da Saúde Jorge Solla participou nesta segunda-feira (17) de um abraço simbólico ao Hospital do Subúrbio. Ele elogiou a unidade, dizendo que tem reconhecimento não só da população soteropolitana mas também da Organização Nacional de Acreditação (ONA), que certificou o hospital pela qualidade e segurança oferecidas aos pacientes.
O secretário também disse não há sinais de imperícia ou falha médica no atendimento que Deivisson recebeu nos hospitais públicos antes de morrer por leptospirose. "O paciente foi assistido de forma tecnicamente adequada de acordo com os sintomas que apresentava, tanto no HS quanto no Hospital Couto Maia", disse ontem. Matéria original: Correio 24h Pai de jovem morto por leptospirose presta depoimento por invasão a hospital
Familiares entraram no Hospital do Subúrbio com o corpo da vítima |
Secretário Jorge Solla (na ponta direita) participou do abraço simbólico |
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