Conhecer os problemas da cidade – mais do que qualquer outra, essa é a característica que os eleitores de Salvador procuram em seu candidato a prefeito. Pesquisa do Instituto Futura, em parceria com o CORREIO, revela ainda a descrença dos entrevistados com os políticos e que a influência dos programas eleitorais na TV e no rádio pode não ser tão grande quanto acreditam os especialistas em campanha. A falta de interesse pela política pode ser medida pela memória do voto do eleitor. Apenas 51,4% dos entrevistados afirmaram lembrar em quem votaram para prefeito na última eleição. Para vereador, essa porcentagem é ainda menor: só 40,9 se recordam do voto para a Câmara Municipal em 2008. O Instituto Futura também perguntou aos entrevistados se eles iriam às urnas em outubro, caso o voto não fosse obrigatório: 64,1% disseram que não votariam. A falta de interesse pelas eleições é bem maior entre as mulheres – 69% das entrevistadas optariam por não votar se não houvesse obrigação, contra 52,4% dos homens. Programa eleitoral A pesquisa CORREIO/Futura também quis saber a influência dos programas políticos durante a campanha eleitoral. A maioria absoluta dos entrevistados – 50,4% – disse não acompanhar os programas. Apenas 12,5% dos entrevistados afirmaram ‘ver todos’. Outros 12,3% disseram ver alguns e 11,8% afirmaram ver poucos. Mas também aqui apareceu a descrença desses soteropolitanos com a política: 72,7% dos entrevistados não acreditam que as propostas apresentadas nesses programas serão efetivamente cumpridas pelos candidatos. Certamente por isso, para 56,9% dos eleitores consultados, os programas não ajudam na decisão do voto.
A pergunta sobre o que ajuda o eleitor a decidir mostra que ele privilegia outras fontes: a família aparece disparada na frente com 33,6%. Nessa pergunta, era permitido ao entrevistado apontar mais de uma fonte de influência: atrás da família, apareceram amigos (22,8%), jornal (14, 3%) e rádio (12,8%). A TV, com apenas 6%, aparece atrás também da internet (8,6%) e da igreja (6,8%). Neste caso, a faixa etária determina influências. A família pesa mais para os mais jovens, 34,4% na faixa de 16 a 19 anos e 39,2% de 20 a 29; e para os mais velhos, 34,7%, acima de 60 anos. A ajuda dos amigos na decisão pesa mais nas faixa de 50 a 59 anos (28,8%). O porcentagem dos que têm o jornal como influência cresce acima da média entre jovens adultos de 20 a 29 anos (18,6%) e de 30 a 39 (16,3%). E, entre os adolescentes de 16 a 19 anos, o rádio (21,9%) e a internet (12,5%) ajudam mais na hora da decisão. Mas foi na pergunta sobre a característica mais importante para o candidato que houve uma maior unanimidade. Em todas as faixas etárias, em todas as classes sociais, em todos os níveis de escolaridade, a maioria apontou conhecer os problemas da cidade como a principal característica, quase sempre com mais de 30%. No total, 34,1% apontou o conhecimento sobre a cidade como fator fundamental; em segundo lugar apareceu experiência política (14%), e depois histórico de vida (12,5%) e saber administrar (9,3%). Os eleitores querem um prefeito, antes de tudo, ligado nos problemas da cidade. A pesquisa CORREIO/Futura foi realizada entre os dias 16 e 19 deste mês, com 399 entrevistas em Salvador. A margem de erro é de 4,9%. Parceria A pesquisa sobre o interesse dos soteropolitanos pela política e pela campanha faz parte da parceria estabelecida, há um ano, entre o CORREIO e o Instituto Futura, empresa capixaba que está há 15 anos no mercado. As pesquisas da parceria entre o CORREIO e o Futura, integrante da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) desde 1996, vêm abrangendo áreas como cultura, política, religião e futebol, e podem ser acessadas também pelo site do instituto. Matéria original Correio 24h Pesquisa revela que conhecer problemas da capital é decisivo para candidato
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