Quatro policiais, civis e militares, foram denunciados pelo ministério Público da Bahia (MP-BA) pelo Grupo de Controle Externo da Atividade Policial (Gacep) por constrangerem, com violência física e grave ameaça o detento Manoel de Jesus Rego Magalhães, na 16ª Delegacia Territorial em dezembro de 2010, para conseguir uma confissão. Segundo o Ministério Público, Manoel, que é funcionário de uma empresa de comunicação, compareceu à delegacia orientado por uma superiora dele, para denunciar o assalto sofrido no Itaigara, de onde foi levado R$ 8 mil em dinheiro pertencente à empresa. De vítima, Manoel passou a réu e mesmo negando ter sido o autor do roubo do dinheiro que havia sacado de uma agência bancária, foi torturado física e psicologicamente mais de uma vez, teve uma arma apontada para sua cabeça e recebeu tapas para admitir a autoria do delito, sofrendo tentativa de asfixia com um saco plástico colocado na cabeça, sendo impedido de ter acesso a um advogado. Ainda de acordo com a denúncia do MP-BA, Manoel chegou a urinar sangue em decorrência do espancamento sofrido e ficou mais de 15 dias com hematomas pelo corpo e sem conseguir falar direito. Ele só foi liberado próximo a meia noite, com a troca de plantão do delegado. Manoel não assumiu o crime. Os policiais militares denunciados sãos Arivaldo Maltez do Espírito Santo e Edson Balbino dos Santos Cunha. Já os policiais civis são Rene Ramos Filho e Luis Fernando dos Santos Santos. Mais torturaTambém foram denunciados pelo Ministério Público (MP-BA), os policiais civis Gerson Monção dos Santos, Zildásio Silva Ribeiro Júnior, o “Ribeiro”, e Luís Carlos Ribeiro dos Santos, conhecido por “Bronca”. Eles são acusados de terem submetido Leonardo Santos Pires Lima, que estava sob a guarda deles, a intenso sofrimento físico e mental, com uso de violência física e grave ameaça, para obter uma confissão sobre participação no roubo ocorrido numa residência, em 14 de abril de 2001, no Alto do Coqueirinho, em Itapuã. O fato que não foi provado. Segundo os autos, junto com um amigo e o policial militar de prenome Júlio, já falecido, Leonardo foi abordado próximo ao Largo de Amaralina por policiais da 7ª Delegacia Territorial (DT/Rio Vermelho). O policial conseguiu se evadir mesmo que o carro tenha sido alvejado por três disparos, sendo Leonardo e o amigo conduzidos à 12ª Delegacia Territorial (DT/Itapuã). No dia seguinte Leonardo foi levado ao Alto do Coqueirinho onde, mesmo negando a autoria do crime, foi colocado de cabeça para baixo amarrado pelos calcanhares para ser torturado. Depois foi reconduzido à delegacia sob a ameaça de que a tortura física continuaria. De acordo com o MP-BA, isso só não aconteceu porque um advogado dele e do amigo levou documentos do curso de inglês que provaram que a vítima estava em sala de aula no dia e horário do roubo em questão. Matéria original: Correio 24h Policiais são denunciados pelo MP-BA por tortura em delegacia
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