Basta o Verão chegar para todo mundo se animar e querer colocar em prática aquele famoso projeto de entrar em forma. Mas conquistar a silhueta perfeita tem um custo. São horas de academia, acompanhamento profissional, dieta balanceada e suplementos. Uma conta que pode chegar a quase R$ 3 mil por mês.
É o caso, por exemplo, da cantora Kall Medrado, que em quatro anos reduziu o peso de 150 quilos para 86 quilos. “E sem cirurgia de redução de estômago”, faz questão de ressaltar. Hoje, para manter a boa forma, ela conta que os gastos mensais chegam a R$ 2,8 mil.
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| Com a ajuda do personal, Touchê, Kall Medrado pega pesado na malhação para manter a boa forma conquistada após quatro anos de treino e alimentação balanceada |
“Tem academia, personal trainer, alimentação e suplementos”, lista a cantora que recorre ainda a tratamentos estéticos.
Só de academia, Kall desembolsa R$ 200. O personal sai por R$ 400; alimentação em média R$ 900 e os suplementos somam R$ 1,3 mil. “É um investimento no meu bem-estar. Minha saúde melhorou 100%, meu corpo hoje é muito mais saudável”, justifica. Kall conta que a carreira profissional foi o principal motivo para que ela buscasse a boa forma. “Sou formada em Artes Cênicas e em 2008 eu fui morar em São Paulo. Enquanto eu estava aqui, me olhava no espelho, mas não me enxergava gorda. Lá, eu me vi obesa. Eu precisava entrar nos padrões do mercado”, lembra. O primeiro passo foi passar por uma reeducação alimentar e depois ela começou a fazer atividades físicas.
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| Cantora Kall em foto de antes de quando pesava 64 quilos a mais |
Assim como Kall, o economista Marcus Lima, 27 anos, também está em busca do corpo perfeito. Atualmente com 74 quilos, o objetivo é ganhar massa muscular. Para isso, investe também em academia e suplementos. O custo, entretanto, não chega a R$ 400 mensais. “Pago R$ 70 na academia, R$ 100 com alimentação e R$ 200 com suplementos”, conta.
Para economizar na alimentação, por exemplo, Lima incrementa as compras do mês feita pela família com mais frutas, raízes e legumes da sua dieta. E além da academia, não abre mão da corrida na praia todas as manhãs. “É de graça, qualquer um pode fazer”, indica.
Além da saúde, Lima conta que a questão estética foi o que mais pesou quando decidiu investir no corpo. E ele diz que o dinheiro gasto já deu retorno. “Mudou tudo na minha vida. Hoje me sinto muito mais disposto e até o sexo melhorou”, brinca.
Baixo custoGastando muito ou pouco, o que não dá é fazer do custo um empecilho para entrar em forma. O primeiro passo é buscar ajuda de um profissional. Isso evita que a decisão de emagrecer ou ganhar peso acabe causando um problema de saúde no futuro. Depois é preciso pensar em quanto dinheiro se pode e se deseja desembolsar para atingir o objetivo.
Caso resolva buscar o auxílio de um nutricionista, o preço médio da consulta em Salvador é de R$ 120. Alguns planos de saúde, entretanto, cobrem até seis consultas por ano. Procurando um endocrinologista, o valor fica entre
R$ 150 e R$ 250.
No caso da alimentação, as principais possibilidades para a dieta de acordo com os gastos são: aproveitar o cardápio da família, trocar alguns alimentos pelas versões light, ou comprar pratos prontos especiais para regimes.
Para quem quer gastar pouco, a conselheira do Conselho Regional de Nutricionistas da Bahia (CRN), Lindanor Santana, indica os alimentos regionais. “Arroz e feijão ainda é a melhor combinação e não custa caro”, comenta. “Frutas, legumes e hortaliças também são baratas e eficientes”, completa.
Para quem pode gastar mais, os alimentos light ajudam, mas vão encarecer de 5% a 10% a conta do supermercado. Tem ainda nutricionistas que oferecem as refeições balanceadas prontas. Neste caso, o preço é sob consulta.
Quando o assunto é suplemento, Lindanor também alerta para a variedade de opções e preços. A proteína mais indicada, por exemplo - Whey -, pode ser encontrada a partir de R$ 80, segundo ela.
Além de se engajar em uma dieta, o interessado em entrar em forma precisa se planejar financeiramente a fim de entrar em um programa de exercícios físicos.
Paulo Touchê, da Touchê Assessoria Esportiva, diz que a caminhada é uma boa alternativa para quem não está disposto a gastar. Para quem não faz atividade física, o ideal é caminhar por 30 minutos, ensina ele. “Com o passar do tempo, vale alternar dois minutos de corrida e três de caminhada, durante essa meia hora”, orienta.
Para os que podem desembolar uma grana, clubes de corrida são uma opção. O preço varia de R$ 80 a R$ 180. Quem quer fazer musculação, pode encontrar academias de R$ 70 a R$ 450. Se quiser a ajuda de um personal trainer, vai ter que desembolsar entre R$ 30 e R$ 70 a hora/aula - negociando se consegue desconto de até 15%. “O importante é a pessoa saber que para alcançar bons resultados é preciso aliar alimentação com exercícios e a ajuda de um profissional pode aperfeiçoar isso”, comenta Touchê.
Tratamentos estéticos podem otimizar resultados no corpoOs tratamentos estéticos também são opções para quem quer manter a silhueta. Os mais procurados são aqueles que ajudam a queimar aquela gordurinha indesejada que insiste em acumular na região da barriga. A proprietária do Bem Estar Saúde Spa, Aniê Araripe Ramos, explica que recorrer a, no mínimo, dois tipos de procedimentos aumenta a eficiência dos resultados.
“E o ideal é que sejam feitos duas vezes por semana”, enfatiza. Segundo Aniê, a drenagem linfática, radiofrequência e cavitação têm sido os métodos mais requisitados. A drenagem linfática, explica ela, ajuda a reduzir medidas. Pode ser feita tanto no corpo inteiro quando de forma localizada. O preço das sessões varia de R$ 60 a R$ 120. Já a radiofrequência, segundo Aniê, serve para tonificar o corpo. “É indicado para o tratamento de rugas e flacidez”, comenta.
Também pode ser feita no corpo inteiro ou só na face. O intervalo ideal de uma sessão para outra é de 15 dias e o preço varia de R$ 100 a R$ 250. A cavitação é uma técnica alternativa à lipoaspiração que não necessita de internamento, cortes ou anestesias, indicado para o tratamento da adiposidade. Ela consiste num fenômeno de formação de bolhas de ar, usando ultrassons à baixa frequência e uma alta potência. “A cavitação provoca a lipólise do tecido adiposo, que nada mais é do que a queima de gordura”, comenta Aniê.
Assim como a radiofrequência, as sessões de cavitação custam de R$ 100 a R$ 200. Para Aniê, a associação de pelo menos dois tratamentos, com sessões realizadas pelo menos duas vezes por semana, é ideal para obter bons resultados. “Mas sempre aliados aos exercícios físicos e uma boa alimentação”, ressalta. O custo mensal da medida certa, estima, deve ficar em torno de R$ 1 mil, a depender do tipo de tratamento e dos produtos que serão utilizados.
Matéria original do CorreioSaiba quanto deve desembolsar para conquistar o corpo perfeito no Verão
