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"Aconselho o uso consciente, com capacete e respeitando sinais." (Foto: Angeluci Figueiredo) |
Moreno Pilloni, 20 anos, começou a andar de skate aos 12 anos. Aos 15, mudou para a Itália e conheceu o longboard, segundo ele, o melhor para fazer longas distâncias. Foi lá que passou a usar o equipamento como meio de transporte. No final de 2015, voltou a morar em Salvador e trouxe na mala o skate e o costume de rodar a cidade com ele. Costuma fazer o caminho de sua casa, no Rio Vermelho, até a Barra. “Às vezes, subo o Campo Grande, vou à Avenida Sete, Lapa, Pelourinho”, conta. Com as “remadas”, consegue diminuir o tempo entre os lugares que frequenta, mas enfrenta algumas dificuldades: “O maior risco aqui é o trânsito. Pra quem anda no asfalto, os carros, e, na ciclovia, os pedestres”, alerta.
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"É ótimo, porque é um exercício. Nem preciso malhar." (Foto: Angeluci Figueiredo) |
George Mercado, 50, é americano e vive há 15 anos no Brasil. Desde quando morava na Filadélfia, já usava os patins como opção de mobilidade. “Fazia tudo patinando, ia ao trabalho, encontrava os amigos...”. Quando veio morar no Brasil, a prática diminuiu. “Há 12 anos, quando mudei para Salvador, não era tão bom. Hoje em dia está bem melhor por causa das ciclovias”, avalia. Desde o final do ano passado, o professor começou a fazer o trajeto entre o trabalho, em Patamares, e sua casa, na Graça, tudo sobre patins. “Depois da reforma no Rio Vermelho, esse percurso dura uma hora. Chego em casa e já fiz exercício aeróbico, nem preciso malhar”, revela. George pontua que um dos problemas que encontrou quando decidiu mudar a forma de se mover pela cidade foi a falta de segurança. “Geralmente, não levo nada comigo, só meu telefone”. Para quem está começando, uma dica: treinar antes. “É bom fortalecer os músculos das pernas antes de sair na rua”.
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"Tristeza de patinador é estar num engarrafamento e ter esquecido os patins." (Foto: Angeluci Figueiredo) |
Os patins de Letícia Paulina, 30, acompanham a atriz e professora onde quer que ela vá. “Vou ao trabalho, curso de tecido acrobático, ao terapeuta, à casa de amigos. Se vou passar um dia na rua, levo eles porque sei que vão facilitar a minha vida em algum momento”, diz. Um dos alívios de Letícia é não ter que esperar dentro do ônibus, se estiver presa em um engarrafamento e com os patins na mochila. Sua animação contagiou, inclusive, colegas de trabalho. “Duas delas já compraram. Acho que é porque falo muito e posto fotos”. Para quem quiser seguir os passos dela, um toque: “Pegue um equipamento bom, treine para evitar acidentes e proteja-se”.