Os taxistas de Salvador saíram em carreata na manhã desta segunda-feira (6), em protesto contra a morte do motorista Carlos André Castilho dos Santos, 36 anos, que foi assassinado com vários tiros na tarde deste domingo (5), no bairro de Tancredo Neves. Carlos é o terceiro taxista morto em menos de um mês em Salvador e Região Metropolitana.
O grupo deixou o posto do metrô, na Rótula do Abacaxi, por volta das 10h30. Segundo o presidente da Associação Metropolitana de Taxistas (AMT), Valdeilson Miguel, a categoria seguirá em carreata até a sede da Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), no CAB. Eles reivindicam mais segurança. Entenda o crime No domingo (5), o presidente da AMT cobrou ações do governo por mais segurança. “São três taxistas mortos em menos de um mês. Precisamos discutir essa violência e encontrar uma solução”, afirmou Valdeilson. “Queremos uma audiência com o secretário para debater o assunto e cobrar medidas”, adiantou. Carlos André deixa esposa e duas filhas. As outras vítimas, também baleadas, foram Rodrigo Gonçalves Lopes Dantas, 36, em Cajazeiras de Abrantes, localidade de Camaçari, no dia 9 de junho, e Antônio Carlos Silva Santos, 52, no bairro do Stiep, no dia 25.
O crime aconteceu por volta das 15h30 de ontem. Testemunhas informaram à polícia que Carlos foi abordado por seis homens armados quando passava pela Rua Apolinária Maria José Silva, próximo ao Conjunto Arvoredo. Os suspeitos atiraram diversas vezes contra a vítima, que morreu no local.Ainda segundo populares, após o crime, os suspeitos fugiram por um beco que dá acesso a uma invasão, mas que um dos homens permaneceu no local observando o movimento. Ele foi embora pouco antes da chegada da polícia. Amigos de Carlos lamentaram o ocorrido.“Ele era muito sério e correto e, por isso, chamamos ele para trabalhar com a gente”, contou o taxista Eduardo Vieira, vice-presidente da Associação Metropolitana de Taxistas (AMT). Segundo Vieira, Carlos trabalhou por cerca de dois meses no Hotel Intercity Premium, na Avenida Tancredo Neves, mas depois migrou de ponto.“Ultimamente, ele estava no Salvador Shopping. A gente se via porque fica tudo próximo”, contou Vieira. Ele disse que ficou sabendo do assassinato por uma mensagem de celular. “É triste porque é mais um profissional que a gente perde para a violência. Era uma pessoa alegre, trabalhadora”, completou. O bairro de Tancredo Neves foi apontado como um dos mais perigosos para taxistas em uma reportagem do CORREIO, na semana passada. Na matéria, taxistas e representantes da categoria elegeram 15 localidades que evitam atender.
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