Distante dos protestos que tomaram alguns pontos das cidades, famílias, amigos, casais, crianças e idosos se reuniram no sábado (22) para um momento especial: assistir ao jogo do Brasil contra a Itália, na Copa das Confederações, que aconteceu na Arena Fonte Nova, em Salvador.
Um dos pontos de encontro de muitos que não puderam ir ao Estádio para conferir a perfomance da Seleção brasileira em campo foi a Ribeira, onde a Fifa montou uma estrutura com direito a telões de led e palco para apresentações de bandas locais, como o cantor Val Macambira, que recebeu convidados, entre eles a dupla Juan e Ravana.
As amigas Ana Nascimento, Cleide Luz e Rosa Félix saíram de Vila Laura para assistir ao jogo na Ribeira |
Foi nesse clima de muita descontração e comemoração que as amigas Ana Nascimento (57), Cleide Luz (42) e Rosa Félix (50), foram assistir ao jogo e torcer para o Brasil. Ana confessou que a expectativa era grande para a chegada do grande dia do jogo e saiu do bairro de Vila Laura para ver também o show de Val. "Vim na primeira vez, gostei, trouxe elas (Cleide e Rosa) e no próximo jogo do Brasil estarei novamente aqui com mais gente", ressaltou.
Já Rosa, falou que estava mesmo era louca para ver um gol do atacante Hulk ou de seu ídolo Fred, desejo realizado logo em seguida. Solteiras, as amigas confessaram que, caso aparecessem pretendentes, elas não dispensariam. "Rezamos os 13 dias para Santo Antônio. Além disso, amarramos uma pedra nos pés dele e o jogamos dentro da piscina. Quer ver se ele não vai resolver", brincou Ana.
"Privilégio poder assistir ao jogo de graça", disse a paulista Lucinda Rezende |
Os irmãos Luis Otávio e Washigton Nunes também foram conferir o jogo na Ribeira. Moradores há 11 anos do bairro, os dois aproveitaram o momento para levar a cadela Molli que, apesar de ter apenas nove meses, chamava a atenção dos torcedores que estavam no local por causa de seu tamanho.
A cada lance, a tensão tomava conta de todos. Assim foi com a família Pires, composta pelas irmãs Ana e Alaíde, além das pequenas Giovana, de 11 anos, e Fernanda, de apenas 4 anos. Torcedoras fieis do Vitória, elas não deixaram de ficar atentas na partida um só minuto.
As irmãs Ana e Alaíde levaram as filhas Giovana, de 11 anos, e Fernanda, de 4 anos para Ribeira |
Segundo Luis Guerra, da coordenação de marketing da SECOPA, a estimativa era de aproximadamente 2 mil pessoas reunidas para assistir ao jogo. De acordo com ele, a aceitação do público foi favorável e, por isso, projeto de levar os telões para diversos bairros de Salvador deve acontecer novamente em 2014, quando a Copa do Mundo será realizada no Brasil.
Quem imaginou que só teriam torcedores do Brasil está redondamente enganado. Apesar de serem poucos, um grupo de italianos não deixou de torcer e vibrar para a Seleção e fizeram isso em grande estilo. A cada gol (a Itália fez dois), a comemoração era certa.
Do outro lado da cidade, no Pelourinho, a animação não ficou atrás. Nos becos do Centro Histório ecoaram os sons da percussão da banda Didá, comandada apenas por mulheres. Já no Largo do Pelourinho, em frente a Fundação Casa de Jorge Amado, foi montada uma mega estrutura para que os torcedores soteropolitanos e até turistas pudessem conferir a partida da Seleção brasileira contra a italiana.
Foi o caso das paulistas Laura Langhi e Lucinda Rezende, que aproveitaram as férias para vistar o amigo Rubens Prado, além de conhecer Salvador e assistir ao jogo do Brasil no Pelourinho. "Adoramos o local. Primeira vez que estámos aqui e ter o privilégio de poder assistir ao jogo de graça é ainda melhor", disse Lucinda.
O telão atraiu a atenção do público para o jogo do Brasil X Itália |
Já a analista Célia Cunha implorou para que a amiga Hellen Santos fosse com ela conferir a perfomance do Brasil. Mas só foi chegar ao local que Hellen confessou que valeu a pena ter saído de casa. "Gostei muito da animação, da organização do evento. Estou achando o Pelourinho diferente da última vez que vim, apesar de morar em Salvador. A segurança, limpeza e iluminação estão muito melhor. Torço para a vitória do Brasil", pontuou.
A cada gol que o Brasil fazia, a festa com o grupo percussivo era garantida. Os músicos faziam questão de animar ainda mais o público, que não tiraram os olhares do telão. Os cantores do Olodum, Matheus Vidal e Lazinho, disseram que ficaram tensos com a partida, que foi muito difícil para a Seleção brasileira. "Não perdi um só lance", garantiu Matheus. Para Lazinho, é um privilégio poder tocar para o público durante a Copa: "Isso é a confirmação que nosso trabalho é reconhecido e valorizado pelos torcedores e, principalmente, por aqueles que não podem pagar para ir aos nossos ensaios". Para garantir que a partida seria favorável ao Brasil, Matheus disse que fez uma simpatia: "usei a mesma rouba que estava na primeira vez do jogo do Brasil, que deu certo", brincou ele.
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