Veja as propostas de cultura dos prefeituráveis de Salvador

Foi na Academia de Letras da Bahia (ALB) o primeiro debate entre os candidatos a prefeito de Salvador. Tête-à-tête, os seis tiveram 15 minutos para apresentar propostas para o setor cultural. As perguntas foram elaboradas anteriormente por agentes culturais e restritas a área, e não houve perguntas entre candidatos. Mas só a presença de todos ele, ali, sentados em uma mesma mesa, foi o suficiente para lotar o Palacete Góes Calmon, na Avenida Joana Angélica. “Estou muito animado, a gente tem que fazer uma campanha de debate sobre a cidade, não temos que ficar atacando um ao outro”, disse Mário Kertész (PMDB). “É no debate que a cidade conhece os candidatos e pode diferenciar cada um”, completou Nelson Pelegrino (PT). “É importante que aconteçam debates com os principais segmentos da cidade, e o cultural tem peso decisivo”, avaliou ACM Neto (DEM).

ACM Neto, Pelegrino, Mário Kertész, Márcio Marinho, Da Luz e Hamilton Assis: candidatos convocados a mostrar ideias para o setor (Foto: Robson Mendes)

Para além dos candidatos com maior musculatura, debates são a chance dos menores terem o mesmo tempo para aparecer. “Sempre nos ateremos a propostas, mas faremos o contraponto daquilo que nos diferencia”, declarou Hamilton de Assis (Psol). “Como tenho pouco tempo de TV, vou aproveitar o máximo para apresentar propostas. Espero que não haja agressividade”, ponderou Márcio Marinho (PRB). “Quando tem paridade dos candidatos em tempo, a gente tem oportunidade de mostrar que é melhor”, opinou Rogério Da Luz (PRTB). Antes de iniciar o evento, o presidente da academia, Aramis Costa, pediu de forma sutil que os confrontos ficassem de fora: “Não estamos aqui para assistir nenhum debate, mas para ouvir do futuro prefeito um compromisso com a cultura da cidade”. Em seguida, cobrou medidas como a criação de uma secretaria para o setor, e o investimento de, ao menos, 1% do Orçamento na área. Quando o debate começou, porém, houve espaço para alfinetadas. Como quando Kertész prometeu 4% do Orçamento, e ouviu de ACM Neto: “É preciso ter cuidado nos debates. Não vou fazer proposta boa de ser ouvida e depois não poder cumprir”. De seu lado, Kertész replicou: “Estudei e sei do que estou falando. Faço esses projetos porque já vivi como prefeito".Matéria original Correio 24h Veja as principais propostas dos prefeituráveis de Salvador para a área cultural