O festival é de paz mas, se tratando de multidão, não custa nada ficar atento. E para garantir a segurança das 200 mil pessoas que devem passar pelo Parque de Exposições, a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA) trouxe novidades para incrementar o monitoramento da festa, que começa hoje e vai até o sábado. A principal fonte de segurança estratégica do evento será o Centro Integrado de Comando e Controle, localizado na Rua de Serviços, que concentrará num só espaço 12 órgãos municipais e estaduais, incluindo a Transalvador, a Secretaria municipal de Serviços Públicos (Sesp), o Corpo de Bombeiros, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) e Juizado de Menores.
O Centro Integrado, implantado pela primeira vez nos 14 anos de festa, é uma espécie de miniatura da estrutura construída para o Carnaval. Segundo o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, a ideia é usar algo que já deu certo numa festa de maior proporção e aproveitar para exercitar a integração entre as instituições, de olho já na Copa do Mundo. “O contato entre os órgãos é muito importante. E vamos juntar isso a profissionais que têm anos de expertise no assunto”, afirmou Barbosa. “Graças a uma estrutura assim não temos nenhum homicídio em quatro anos de Carnaval, que é uma festa para dois milhões de pessoas”, afirmou.
Tempo real O quartel-general do Festival conta com computadores que trabalharão num sistema integrado para garantir a comunicação em tempo real entre todos as instituições. “ Quando alguém colocar qualquer informação sobre um fato no sistema, isso vai aparecer em todas as telas, o que agiliza o procedimento. Estamos preparados para qualquer coisa que aconteça”, explicou o secretário. Na sala de comando serão transmitidas em tempo real as imagens das 20 câmeras digitais instaladas por todo o parque. No mesmo local, imagens de um GPS - sistema de localização global, transmitido por meio de satélite - mostrarão onde estão localizados todos os 400 policiais militares que farão a segurança da Cidade da Música a cada dia da festa, que terá ainda 42 policiais civis e cerca de 1.350 homens de oito empresas de segurança privada, diariamente. Todo esse esquema será comandado pelo coronel Valter Leite, que acumula 13 anos de experiência no Festival e também na coordenação de segurança do Carnaval, onde atualmente presta consultoria a grandes blocos. Segundo Leite, o esquema de segurança vem evoluindo juntamente com o próprio Festival. “Trouxemos para cá a sinergia do Carnaval, algo que faz a festa dar certo. Todos estão trabalhando juntos, com o propósito de continuar fazendo o Festival de Verão um sucesso”, destacou o coronel. Todos os cuidados são tomados, mas segundo Maurício Barbosa e Valter Leite, a festa não é considerada um evento violento. “A preocupação maior são as brigas e furtos de objetos como celulares, carteiras e máquinas fotográficas”, afirmou o secretário. E para Leite, pequenos cuidados podem evitar grandes dores de cabeça. “Tem muita gente que não vai para isso, mas quando tem a oportunidade no meio da multidão, rouba. Por isso é importante o cuidado com o que vai trazer e como guardar”, aconselhou ele. DPT vai fazer exames para detectar drogas Outra novidade na segurança da 14ª edição do Festival de Verão será a presença de uma unidade do Departamento de Polícia Técnica (DPT) no local. No posto avançado, dois peritos estarão de plantão para fazer exames de constatação de drogas e emitir o laudo no mesmo dia. Segundo Maurício Barbosa, a presença do DPT no Festival será um importante fator no conceito da segurança integrada promovido pela SSP no Festival. “Isso também vai acelerar bastante a lavratura de flagrantes, quando necessário“, afirmou.
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