O presidente Jair Bolsonaro rebateu o ator Leonardo DiCaprio, nesta sexta-feira (29), pelo Twitter, e afirmou que é “muito importante ter todos os eleitores brasileiros votando” nas próximas eleições. Bolsonaro agradeceu “o apoio” do ator e aproveitou a oportunidade para criticar também o Supremo Tribunal Federal (STF). Mais cedo, DiCaprio pediu para que todos os jovens brasileiros tirassem o título de eleitor afirmando que a “votação entre jovens é chave em motivar mudanças por um planeta saudável".
"Obrigado pelo apoio, Léo! É muito importante ter todos os brasileiros votando nas próximas eleições. Nosso povo decidirá se quer manter nossa soberania na Amazônia ou ser governado por bandidos que servem a interesses especiais estrangeiros. Bom trabalho no 'O Regresso'", escreveu o presidente em referência ao filme que deu a primeira estatueta do Oscar ao ator. À época, DiCaprio virou meme nas redes sociais por ter sido indicado ao prêmio diversas vezes sem vencer nenhuma delas.
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Bolsonaro aproveitou para resgatar uma postagem antiga do ator onde alertava sobre as queimadas na Amazônia. DiCaprio já teve embates com o governo federal por conta da política ambiental e costuma comentar com frequência sobre a importância da preservação da Amazônia.
O presidente disse que a foto compartilhada pelo ator na época era, na verdade, de 2003 e aproveitou para criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) afirmando que “tem gente querendo prender brasileiros que cometem esse tipo de erro aqui em nosso país”.
"Aliás, a foto que você postou para falar sobre as queimadas na Amazônia em 2019 é de 2003. Tem gente querendo prender brasileiros que cometem esse tipo de erro aqui em nosso país. Mas sou contra essa ideia tirânica. Então eu te perdoo. Abraços do Brasil!"
A foto usada pelo ator foi feita pelo fotojornalista da National Geographic Loren McIntyre, que morreu em 2003, nos EUA, e já foi usada por líderes como Emmanuel Macron, presidente da França, para também criticar as políticas ambientais do governo brasileiro.
Bolsonaro fazia referência ao inquérito das fake news, comandado pelo ministro da Corte Alexandre de Moraes. Há nos bastidores uma discussão sobre a possibilidade de encerramento do inquérito para amenizar a crise do STF com o Palácio do Planalto. Moraes, no entanto, disse nesta sexta-feira que não pretende arquivar o inquérito e que está chegando aos financiadores das notícias falsas.
Recentemente, Bolsonaro foi bloqueado nas redes sociais pela cantora brasileira Anitta. Depois de usar um figurino com tons verde, amarelo e azul em show no festival Coachella, nos Estados Unidos, ela disse nas redes sociais que as cores "pertencem aos brasileiros" e "ninguém pode se apropriar do significado" delas. O perfil do presidente republicou o texto com emojis da bandeira brasileira e os dizeres "concordo com a Anitta". Em seguida, a artista respondeu o presidente e o bloqueou da rede social.
A cantora pontuou para os seus seguidores que bloqueou o presidente porque o perfil de Bolsonaro nas redes sociais mudou a postura com os artistas contrários a ele, adotando o deboche como resposta. A cantora disse que a estratégia da equipe era passar uma imagem "descolada" para o público mais jovem. Segundo Anitta, ao rebater o presidente, o artista é visto como "chato mimizento", e Bolsonaro saíria como "o cara bacana que leva tudo numa boa".
Bolsonaro tem usado nas redes sociais músicas de artistas de oposição ao governo para ilustrar suas postagens. O GLOBO mostrou o uso de canções de Daniela Mercury, Preta Gil, Gloria Groove e outros nomes nomes declaramente contrários ao presidente. O uso feito sem o consentimento dos artistas gerou revolta nas redes sociais. Após ser bloqueado por Anitta no Twitter, o perfil do Instagram do presidente deu um print na ação da cantora e colocou como trilha sonora "Envolver", hit de Anitta.
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Agência O Globo
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