O presidente eleito Jair Bolsonaro voltou a comparar os índigenas que vivem em demarcações feitas pelo governo a animais que em zoológico . Depois de participar nesta sexta-feira de uma formatura na Escola de Especialistas da Aeronáutica e conceder uma entrevista a emissoras católicas, Bolsonaro comentou sobre a pressão externa que o país teria sofrido nos últimos anos para aumentar o número de reservas indígenas.

Ao falar sobre o Acordo de Paris - uma convenção no âmbito das Nações Unidas para discutir mudanças no clima -, o presidente eleito disse que não tem interesse em "maltratar" os índios.
- Em todos os acordos no passado, sempre notei uma pressão externa no tocante a cada vez mais demarcar terra para índio, demarcar reservas ambientais. Na Bolívia tem um índio que é presidente. Por que no Brasil devemos mantê-los reclusos em reservas como se fossem animais em zoológicos? O índio é um ser humano igual a nós - afirmou Bolsonaro.
Para ele, uma das diretrizes da Organização das Nações Unidas (ONU) que prevê a autodeterminação dos povos, reservas como a dos índios ianomami poderiam, no futuro, virar países independentes.
- Não pode usar a situação do índio para demarcar essa enormidade de terra que poderão ser novos países no futuro - disse.
Após a visita a emissoras católicas, Bolsonaro foi para Resende, no interior fluminense, onde ficará até este sábado, quando participará da formatura dos oficiais da Academia Militar das Agulhas Negras. Durante a tarde, Bolsonaro aproveitou para comer um cachorro quente na cidade onde estudou durante a década de 1970.
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