Além do choque dos alimentos que levou o IPCA (índice oficial de inflação) de março ao maior patamar para o mês em 11 anos, uma preocupação ronda governo e economistas e complica o cenário de inflação: a alta dos serviços. A taxa bateu em 9,01% em 12 meses encerrados em março, a maior desde o fim de 2011 e acima do IPCA para o período: 6,15%. E especialistas esperam para o fim do ano uma taxa em torno de 8,5%. E, diferentemente dos alimentos, não há previsão de uma desaceleração dos preços de itens como passagens áreas (uma fonte de pressão é a Copa), empregado doméstico, aluguéis, mão de obra para reparos, hotéis e médicos - serviços que estão entre os que subiram mais. Para os alimentos (alta de 7,14% em 12 meses), é esperada uma freada em maio e até uma queda em junho. Veja também: Radialista de Jequié morre em capotamento de veículo na BR-330 Entre os 37 itens de serviços, apenas 2 (motel e seguro de veículos) registram queda nos preços em 12 meses. Há três anos, os serviços, que representam um terço do consumo das famílias, superam a inflação e sobem acima de 8%. Os motivos principais,diz Elson Teles, economista do Itaú, são mercado de trabalho aquecido, renda em alta (que turbinam o consumo) e reajuste do mínimo - este último com impacto no custo dos prestadores de serviço. Priscilla Burity, economista do Brasil Plural, afirma que a alta dos serviços é “preocupante” e “complica ainda mais o cenário de inflação deste ano”. Analistas já enxergam risco de o teto da meta da inflação de 6,5% não ser cumprido. Após a alta do IPCA do mês passado, as estimativa foram corrigidas para cima -entre 6,2% e 6,5%.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade