Nas conversas que teve na quarta-feira com deputados que foram ao Palácio do Jaburu, o vice-presidente Michel Temer disse que, caso o Senado aprove hoje o afastamento da presidente Dilma Rousseff, não haverá uma cerimônia para sua posse no comando do país. Temer disse também que, se confirmado o cronograma do Congresso, quinta-feira, ao assumir o cargo, fará a primeira reunião de trabalho aberta para transmissão ao vivo. Neste encontro, em que reunirá ministros, fará um pronunciamento sobre as medidas prioritárias a serem adotadas por seu governo.
Escalado para comandar a equipe econômica do eventual governo Temer, o ex-presidente do Banco Central (BC) Henrique Meirelles vai priorizar a reforma da Previdência na sua gestão no Ministério da Fazenda. É por esse motivo que a Previdência perderá o status de ministério e será incorporada à Fazenda.
Foto: Divulgação |
Sinal para o mercado
Segundo interlocutores, o assunto foi discutido na terça-feira entre Meirelles e sua futura equipe. Além do novo organograma da pasta e o papel de cada um, a reforma do regime de aposentadoria foi definida como uma das ações, já na largada do novo governo, para ajudar a pôr em ordem as contas públicas, dando uma sinalização positiva para o mercado a fim de reverter expectativas negativas. Neste ano, o déficit da Previdência Social supera R$ 130 bilhões.
De acordo com integrantes do núcleo de Temer, as linhas gerais da reforma passam pela fixação da idade mínima (que pode ser de 65 anos) e igualdade de regras entre homens e mulheres, com um prazo de transição mais curto para quem já está no mercado de trabalho. O objetivo de migrar a Previdência para a Fazenda é facilitar a aprovação das mudanças, com um comando único.
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Redação iBahia
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