O Escritório Técnico do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em Cachoeira (BA) abre suas portas para receber a maior novidade da 9ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica): a Geração Flica. A Casa do Patrimônio abrigará, entre os dias 24 e 27 de outubro, uma programação dedicada à literatura e ao público jovem naquele que é considerado um dos maiores eventos literários do país.
Ao todo, serão nove mesas-redondas com escritores que debaterão temas como literatura de Instagram, obras infanto-juvenis e adaptação de livros para o cinema. Entre os convidados estão autores conectados à geração jovem, como Pam Gonçalves, Tatiana Amaral, Thalita Rebouças e Bráulio Bessa. A curadoria é da booktuber Bárbara Sá, 24 anos.
Para o chefe do Escritório Técnico do Iphan em Cachoeira, João Gustavo Andrade, a iniciativa de abrigar a Geração Flica busca atrair a juventude do Recôncavo Baiano para a sede da autarquia na cidade de uma maneira lúdica e descontraída. “Temos em vista também a promoção do Patrimônio Cultural como estratégia de fomentar as festividades e as manifestações tradicionais e contemporâneas que ocorrem no município de Cachoeira e região”, diz.
Além da Geração Flica, a programação do evento trará uma série de outras atividades divididas em diferentes espaços na cidade de Cachoeira, que teve seu conjunto arquitetônico e paisagístico tombado pelo Iphan em 1971.
Um dos principais espaços urbanos do município, o Conjunto do Carmo receberá mesas-redondas sobre literatura, bem como a livraria oficial do evento. Já a Casa de Câmara e Cadeira, prédio em que D. Pedro I foi aclamado Regente e Defensor do Brasil, em 1822, será utilizada como camarim e apoio para diversas apresentações culturais.
A 9ª edição da Flica traz como homenageada a escritora soteropolitana Gláucia Lemos, que comemora 40 anos de lançamento do seu primeiro livro publicado. Gláucia é autora de vários títulos de literatura infanto-juvenil, como a coleção “Marujo Verde”, além de contos, ensaios, resenhas e romances.
Cachoeira
Considerada uma joia do patrimônio histórico brasileiro, com lindos casarões e igrejas, Cachoeira (margem esquerda do rio Paraguaçu) forma com a cidade de São Félix (margem direita) um só organismo urbano. O tombamento do conjunto arquitetônico e paisagístico, pelo Iphan, ocorreu em 1971, embora muitos bens tenham sido tombados, individualmente, na década de 1940. Além do acervo colonial, a Ponte D. Pedro II (estrutura de ferro), o mercado, a ferrovia e a hidrelétrica são importantes marcos culturais.
A área tombada possui, aproximadamente, 670 edificações. O conjunto arquitetônico - formado na sua maioria por edifícios do século XVIII e XIX - caracteriza-se pela tendência neoclássica que, no século XIX, influenciou a construção de novos prédios e reformou os antigos. Este patrimônio também inclui edificações do século XVII. As formas de apropriação do sítio transformaram a cidade em um bem de relevantes qualidades paisagísticas.
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Redação iBahia
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