"Não há nenhuma dúvida em minha mente de que você é um pedófilo", declarou o juiz que condenou o ex-funcionário de um matadouro, Mark Bridger, pelo homicídio e ocultação do cadáver de April Jones, uma criança de 5 anos. O crime aconteceu no dia 1º de outubro de 2012, em Machynlleth, no Reino Unido. O julgamento de cinco semanas teve fim nesta quinta-feira (30).
Pai de seis crianças, Bridger foi considerado pelo júri um obsessivo por pornografia com crianças e infanticídio que teria sequestrado April, matado a criança e depois se livrado do corpo para que a polícia não o encontrasse. Até hoje, Bridger nega que tenha cometido o crime intencionalmente e diz que não se lembra onde colocou o corpo. Segundo ele, a criança andava de bicicleta quando ele a atropelou enquanto dirigia bêbado. Assustado e fora de si, Bridger então teria escondido o corpo e, por causa do excesso de álcool, não se recorda do local.
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Apesar disso, algumas informações contribuíram para que o júri decidisse por descartar a versão da defesa, embora não tenha o cadáver da criaça como prov ado crime. Bridger estava mal por ter sido rejeitado pela namorada, ele perseguia adolescentes no Facebook e teria se utilizado do fato de ser o pai de uma amiga de escola da vítima para conseguir sequestrá-la. Ele também chegou a confessar ao padre que o atendia na prisão que tinha atirado o corpo da criança em um rio após matá-la.
Após uma procura incansável pela garota em toda a cidade, assim que o desaparecimento foi noticiado, a polícia encontrou na casa de Bridger a única evidência da morte da garota: o sangue dela em um fragmento de crânio que estava misturado às cinzas de sua lareira.
"Mark Bridger implacavelmente teceu uma rede de mentiras e meias-verdades para tentar se distanciar da natureza horrenda do crime que cometeu", declarou o chefe da promotoria Ed Beltrami, "Ele se recusou a ser responsabilizado pela morte de April e não parou de tentar esconder suas pegadas".
A punição para o crime ainda será divulgada hoje pelo tribunal, mas Bridger provavelmente irá enfrentar a pena de prisão perpétua.
Matéria original: Correio 24 Horas
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