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Infecção por coronavírus e dengue ao mesmo tempo é possível

Homem de 35 anos que morreu por Covid-19, na Tailândia, tinha sido testado positivo para dengue; especialistas dizem que não há motivo para pânico

Redação iBahia • 05/03/2020 às 10:00 • Atualizada em 31/08/2022 às 14:23 - há XX semanas

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Revelada neste domingo (1º), a morte de um homem de 35 anos, na Tailândia, por Covid-19 após ter sido testado positivo para dengue acendeu o alerta de especialistas.

Foto: Reprodução

Em pleno verão, apesar de temperaturas mais baixas para a estação, o risco da doença transmitida pelo Aedes aegyti é uma realidade no Brasil. No entanto, não há motivo para pânico. Para infectologistas, a coinfecção, ou seja, a dupla contaminação, é algo raro e, caso ocorra, pode ser tratada após o diagnóstico correto.

O risco de o Brasil enfrentar duas epidemias ao mesmo tempo — dengue e coronavírus — também é possível, mas ainda não se pode afirmar que irá ocorrer. Segundo Roberto Medronho, professor titular de epidemiologia da UFRJ, ainda se sabe pouco sobre o comportamento do coronavírus, mas é pouco provável que ocorram as duas epidemias.

— Ainda vivemos a possibilidade de ter uma epidemia de dengue. Normalmente, o aumento do número de casos ocorre nos meses de janeiro e fevereiro. Neste ano, no entanto, estamos tendo uma situação atípica. São chuvas torrenciais e também a temperatura mais baixa — explicou Medronho.

Apesar de o Aedes aegypti gostar de chuva, os temporais acabam lavando os criadouros do mosquito e tirando os ovos, o que dificulta sua proliferação. Medronho alerta que março e abril ainda são meses normalmente quentes:

— Se o sol ficar forte em março e abril, o risco de uma epidemia de dengue aumenta. Há uma agravante. A circulação do vírus tipo 2, para o qual boa parte da população é suscetível, pode fazer aumentar o número de casos.

A Secretaria Estadual de Saúde do Rio informou, por meio de nota, que, até 18 de fevereiro, foram notificados 1.333 casos de dengue no Estado do Rio. No mesmo período do ano passado, ocorreram 2.164 casos da doença.

Uma epidemia de Covid-19 também é incerta. Não há estudos conclusivos sobre o comportamento do novo coronavírus nem nos países onde ocorreram epidemias, como é o caso da China. No mundo, a doença já matou 3 mil pessoas.

— Apesar dos estudos ainda não comprovarem, a epidemia de coronavírus só deverá ocorrer no inverno. Há previsão de uma nova onda da doença no Hemisfério Sul, o que já se chama de segunda onda do coronavírus — avaliou Alberto Chebabo, membro da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e infectologista do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ.

Sobre a coinfecção por dengue e coronavírus, Chebabo alerta que, apesar de rara, é possível pelo fato de as duas doenças terem transmissão diferente.

— O fato de a pessoa estar com uma doença pode, com certeza, agravar o quadro da outra. E vice-versa.

Coinfecção com influenza pode confundir diagnóstico
No entanto, mesmo quando a transmissão é igual pode ocorrer a coinfecção, alerta o infectologista Roberto Medronho, que lembra de um caso de um bebê do Rio de Janeiro que foi infectado pelos vírus da zika e da chicungunha ao mesmo tempo, em 2016.

Segundo ele, a coinfecção da gripe comum — causada pelo vírus Influenza — com o novo coronavírus pode confundir os médicos na hora do diagnóstico. Por isso, o Ministério da Saúde vai antecipar para 23 de março a campanha de vacinação contra a gripe, além de ampliar o público-alvo.

— É possível ocorrer a coinfecção, principalmente durante o inverno. É importante que as pessoas tomem a vacina contra a gripe. Além de ajudar o médico na hora de fazer o diagnóstico do coronavírus, isso ajuda a evitar a coinfecção e agravar o quadro de saúde da pessoa — alertou.

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