Líderes e diplomatas internacionais tentam amenizar a escalada de tensões envolvendo a Coreia do Norte, os Estados Unidos e a Coreia do Sul, para evitar desdobramentos mais sérios à retórica belicista de Pyongyang. Desde as sanções adotadas em março pela Organização da Nações Unidas (ONU), em retaliação a um terceiro teste nuclear feito pelo país, a Coreia do Norte ameaçou os Estados Unidos com ataques nucleares. Ao mesmo tempo, o governo norte-coreano declarou formalmente guerra ao vizinho do Sul e ameaçou reabrir um reator nuclear, desafiando as restrições das Nações Unidas. Também orientou embaixadas a retirar seu pessoal de Pyongyang. Neste domingo (7), o presidente da China, Xi Jinping, único aliado e principal parceiro comercial da Coreia do Norte, declarou que nenhum país pode "lançar a região ao caos por razões egoístas". Sem mencionar a Coreia do Norte, Jinping citou "desafios à estabilidade da Ásia" e disse que tais "razões egoístas" não serão toleradas. Ainda na frente diplomática, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, deve visitar China e a Coreia do Sul esta semana, para discutir as ameaças de Pyongyang. Na Europa, o chanceler britânico, William Hague, pediu "calma" para lidar com a crise. Apesar da "retórica paranóica" norte-coreana, é importante manter-se "firme e unido" e advertir o regime de Kim Jong-un quanto aos riscos de um eventual "erro de cálculo", disse o chanceler à BBC. A Suíça, por sua vez, se ofereceu para mediar o diálogo com os norte-coreanos, mas ressaltou que não há conversas formais agendadas. Apesar das iniciativas diplomáticas e da crença de que a possibilidade real de conflito seja pequena, a região segue volátil.
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