Ao realizar fantasia do marido,mulher é confundida com prostituta

*Paulo e *Roberta são casados há anos, mas para apimentar a relação, decidiram colocar em prática uma fantasia do marido: vestida com roupas justas e seminua, Roberta esperaria Paulo em um ponto de prostituição, no bairro da Pituba. Combinados, com um salto 15, Roberta foi esperar pelo marido no local, mas foi surpreendida por outras prostitutas, que a expulsaram do ponto. O marido só foi entender o que havia acontecido, quando, mais tarde, Roberta ligou para ele, com ajuda de pessoas que estavam em um bar próximo. Depois do susto, o casal se divertiu com a situação e optou por fantasias sexuais mais "seguras". O caso acima aconteceu com pacientes da sexóloga Margarida Nascimento, que em entrevista ao iBahia, falou sobre a importância da fantasia sexual, mas alertou para alguns cuidados que devem ser tomados pelo casal antes de colocar os desejos em prática. "As fantasias são diversas, são imagináveis e vão depender do potencial de cada casal. A fantasia sexual é alegria da imaginação dos dois, mas precisa ser discutida antes e, precisa ser feita com segurança para não colocar em risco a integridade da relação e nem a vida deles dois. Você não vai amarrar e dar um tapinha na pessoa na hora, em que estão ali na cama. Tem que conversar antes, né?", sorri ao lembrar do caso de *Paulo e *Roberta. A publicitária *Camila Santos também viveu uma situação inusitada ao tentar colocar em prática uma fantasia com o marido. "Quando estávamos ainda no início do namoro, ele tinha que voltar pra cidade dele e resolvi fazer uma despedida à altura. Comprei uma lingerie legal, toda completa, ensaiei em casa um strip e fomos pro motel. Pedi a uma amiga o micro system dela emprestado pra colocar a música tema, só que no final da performance a música parou. Prejuízo: aparelho queimado. Tive que pagar outro pra ela, porque o som era 110v e tudo no motel é 220v e eu não sabia", relembra. Questionada se há um "limite" para a realização das fantasias, a especialista afirma que o limite "sempre vai ser o limite de cada um" e alerta que as ideias, desejos e situações devem ser colocadas fora do momento sexual para não gerar brigas. "O limite, na verdade, é o limite do outro. O limite esbarra na aceitação do outro, as pessoas terão que aceitar antes de ser colocado em prática, seja por curiosidade ou pela vontade de satisfazer o outro. Tudo precisa ser negociado antes", reafirma. Quando as fantasias envolvem outras pessoas além do casal, tem gente que recua, como a médica *Carolina Santos. "Acho que ele sente que eu não toparia uma terceira pessoa na nossa cama. Rs. E também ele é mais tímido do que eu nesse sentido. Mas, se ele contasse uma situação que ele realizou com alguma ex, eu sentiria sim. Prefiro deixar o passado quietinho", desconversa. A sexóloga alerta que as fantasias sexuais que envolvem outras pessoas precisam ser decididas como muito cuidado para não criarem um ruído ou levar até o término da relação. "Acho que às vezes as pessoas acreditam que estão preparadas para esses encontros em grupos. Sensações, comuns a qualquer pessoa, como ciúmes, posse, ódio...podem vir à tona. Eu sugiro aos casais que fazem troca de casais ou realizam fantasias com outras pessoas que se não gostarem da experiência, que não repitam a dose porque pode piorar e chegar até o fim do relacionamento", alerta. Ainda de acordo com Margarida Nascimento, a fantasia sexual é muito saudável e precisa além de tesão, muita intimidade. "O casal que esta há anos numa relação, se não criar em coisas novas, lúdicas pode entrar em um conflito. A fantasia sexual é saudável e é preciso que eles tenham muita intimidade. Sexo é isso: muito tesão, fantasia e fricção", diverte-se. *Os nomes foram trocados para preservar os entrevistados