Uma pesquisa publicada pelo American Journal of Clinical Nutrition (Jornal Americano de Nutrição Clínica, traduzida do inglês) e realizada por pesquisadores do Pennington Biomedical Research Center (Centro de Pesquisa Biomédica Pennington) em Louisiana, nos Estados Unidos, mostrou que quanto mais nos exercitamos mais temos a necessidade de comer e, por isso, muitas pessoas não conseguem alcançar o objetivo final de perder peso e se frustram.
O estudo foi realizado com 171 homens e mulheres sedentários, com excesso de peso e idades entre 18 e 65 anos. Neles foram medidos peso, taxas metabólicas de repouso, níveis típicos de fome, condicionamento aeróbico e ingestão diária de alimentos e gasto de energia.
Os participantes foram divididos em três grupos: o primeiro continuou com sua rotina normal, já o segundo e o terceiro iniciaram programas de exercícios supervisionados de menor e maior intensidade, respectivamente. Durante o estudo os participantes podiam comer como quisessem.
Durante todo o tempo, os voluntários usavam monitores de atividade e os pesquisadores verificavam periodicamente suas taxas metabólicas, consumo de energia e condicionamento físico. E, enquanto isso, os voluntários podiam comer como quisessem.
Ao final do processo, todos foram reavaliados. Como esperado, os participantes que mantiveram suas rotina, não apresentaram alterações. Porém, o resultado foi quase o mesmo na maioria dos praticantes que entraram nos programas de exercício. Cerca de dois terços dos que estavam no grupo de exercícios mais curtos perderam alguns quilos. E 90% dos que estavam no grupo de exercícios mais longos não atingiram o objetivo esperado, pois tinham compensado a queima extra de calorias comendo mais.
As calorias extras foram pequenas — cerca de 90 calorias adicionais por dia para o grupo de exercícios moderados, e 125 por dia para o grupo com exercícios mais intensos. Mas isto foi o suficiente para não atingirem a expectativa.
"Quando a demanda do corpo aumenta, é preciso priorizar a qualidade da alimentação. Caso o aumento só ocorra na quantidade, há grande risco de comprometer o emagrecimento", diz Francisco Tostes, endocrinologista da clínica Nutrindo Ideais.
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Redação iBahia
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