O caso do turista paranaense que foi encontrado morto no Cristo da Barra, em Salvador, completou dois meses sem solução. De acordo com informações confirmadas ao iBahia pela Polícia Civil neste sábado (16), o inquérito foi prorrogado pela segunda vez.
Em nota enviada ao portal, a polícia informou que a investigação está em curso, e que os laudos periciais ainda não foram divulgados.
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O iBahia procurou o Departamento de Polícia Técnica (DPT) para entender por que os laudos ainda não saíram, mas não obteve resposta até a ultima atualização desta reportagem.
Inicialmente, seriam 30 dias para identificar as circunstâncias da morte. Ainda não foi pontuado se houve um acidente ou se Júlio Cesar Moreira, de 36 anos, foi vítima de um crime. Em nota, a polícia alega que não pode divulgar detalhes para não atrapalhar nas investigações.
Júlio Cesar estava de férias em Salvador com a mãe, Josélia Moreira, quando morreu. Ele saiu do hotel onde os dois estavam hospedados, na Barra, dizendo que iria pedalar na orla do bairro, na noite de 14 de outubro, e não voltou mais. Para o companheiro, no entanto, Júlio teria dito que iria encontrar um amigo.
O paranaense foi encontrado morto na madrugada do dia seguinte, 15 de outubro, com um ferimento na cabeça. Na época, a polícia não descartou a hipótese de assassinato. A versão é defendida pela família.
A mãe contou que ficou preocupada durante a noite e madrugada, e que, ao chegar na delegacia para registrar o desaparecimento, ficou sabendo que um corpo havia sido encontrado no Cristo. Em seguida, a família reconheceu a vítima como sendo Júlio Cesar.
O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador, onde foi periciado. Depois foi encaminhado para Curitiba (PR) de avião e seguiu de carro para ser enterrado em Jaguariaíva (PR), onde a família mora.
Amor pela Bahia
Ainda conforme relato da família, o paranaense amava a Bahia e costumava passar as férias no estado. Esta era a terceira vez dele em Salvador. Júlio Cesar e a mãe desembarcaram na capital no dia 4 de outubro e chegaram a passar alguns dias em Morro de São Paulo, que fica na Ilha de Tinharé, em Cairu.
Formado em pedagogia, o turista chegou a morar em Rio Real, a cerca de 200 km de Salvador, por 5 anos, enquanto atuava em um colégio da rede estadual de educação. Ele era o mais velho de 3 irmãos e era muito próximo da mãe. A família conta que Júlio Cesar costumava planejar as férias com ela. No ano passado, os dois foram para Natal (RN).
Nathália Amorim
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