Foliões do Carnaval de Salvador anotem os locais que servirão de circuito exclusivo para reabastecer as energias durante a festa: acima da Ladeira da Montanha, Carlos Gomes, Praça do Campo Grande, as avenidas Marques de Leão, Sabino Silva e Afonso Celso, na Barra; e a Adhemar de Barros, em Ondina. Nesses pontos próximos aos circuitos Dodô (Ondina) e Osmar (Campo Grande), a prefeitura pretende instalar praças de alimentações que concentrarão todos os prestadores de serviço de refeição, com exceção das baianas de acarajé. “Não vamos mais permitir aqueles equipamentos no meio do circuito que podem, inclusive, causar algum tipo de acidente. Não vai mais ter fogareiro no meio dos foliões”, explica a secretária de Ordem Pública, Rosemma Maluf. O secretário de Desenvolvimento, Cultura e Turismo, Guilherme Bellintani, explica que as praças poderão servir de redes de fast-food a vendedores individuais. “Isso significa maior diversidade de serviços, espaços mais confortáveis para o folião, mais controles pelos órgãos de fiscalização, inclusive da Vigilância Sanitária, e é um avanço para o Carnaval”, diz Bellitani.
Estrutura As praças serão compostas de ilhas com quatro estandes conjugados, cobertos por toldos formando uma área maior. Os quiosques serão padronizados e serão providenciados pelas cervejarias que patrocinarão a festa. Em alguma dessas praças haverá mesas e cadeiras e banheiros em contêineres próximos. Segundo Bellintani, a distribuição depende do local. No Campo Grande, formam um círculo; na Rua Carlos Gomes, ficarão lado a lado, ao longo da via, já na Rua Sabino Silva estarão espalhados. Segundo Rosemma, na Sabino Silva serão cinco ilhas, totalizando 20 quiosques. Nas demais vias, o número de ilhas ainda não está definido. “Nosso objetivo não é tirar os trabalhadores informais menores, mas garantir para todos a possibilidade de uma melhor prestação de serviço em uma estrutura que conta, inclusive, com energia elétrica”, diz Rosemma. O cadastramento para os interessados em trabalhar nas praças ocorrerá em janeiro, ainda sem data definida, poderá ser feito por pessoa física ou jurídica com o máximo de um quiosque por CPF/CNPJ. Segundo a portaria que regula a comercialização de produtos no Carnaval, publicada na semana passada, quem fizer ligações clandestinas de energia, o famoso ‘gato’, terá a licença suspensa. “Para quem quer seu feijão, quer seu sanduíche, seu espetinho – sem levar o espeto, claro – será muito melhor”, opina. Proibições Para o comerciante, aumenta a fiscalização e é preciso ficar atento às proibições. Além dos espetinhos, as bebidas artesanais, como licor, cravinho e príncipe maluco, estão proibidas. A comercialização dos produtos não autorizados pode gerar uma multa de R$ 97,07 ao licenciado. E quem for pego sem licença comercializando produtos terá a mercadoria apreendida. É proibido o uso de lonas e barracas de camping, tanto para dormir quanto para armazenamento de produtos, que também não pode ocorrer em via pública. “As cervejarias que deixavam as cervejas na rua vão precisar repensar a logística”, alerta Rosemma. Além de não poder dormir nos locais de trabalho, os vendedores não poderão usar o trabalho infantil nem mesmo levar crianças para acompanhar os trabalhos de pais ou parentes, segundo a portaria que regula o funcionamento do Carnaval. O Juizado da Infância e da Juventude, além da Semop, fiscalizarão essa determinação. baianas As baianas de acarajé podem também ficar nas praças, mas essas têm espaço já garantidos em outros pontos próximos aos circuitos. A Associação das Baianas de Acarajé (Abah) estima que em média 140 quituteiras trabalhem nos dois circuitos, fora o Pelourinho onde são as mesmas que já ficam nos pontos fora da festa. Além das baianas, 3.500 ambulantes de bebidas e cerca de 300 carrinhos de pipoca, sorvete, mingau e água de coco estarão espalhados na festa. Circuitos Barra e Campo Grande terão cervejas diferentes Os dois principais circuitos do Carnaval de Salvador - Barra e Campo Grande - terão patrocinadores diferentes. A prefeitura ainda não assinou contrato, mas o secretário Gulherme Bellitani (Desenvolvimento, Cultura e Turismo) afirma que as negociações com a Brasil Kirin e a Petrópolis (empresas que detêm as marcas Nova Schin e Itaipava, respectivamente) estão praticamente fechadas. “Cada cervejaria vai ficar com um circuito, isso quer dizer que a venda no espaço público será limitada à marca que patrocina aquele circuito. Nos bares, restaurantes e camarotes nada muda”, explica Bellintani sem detalhar a divisão. Além do Dodô e Osmar, o circuito Batatinha (Pelourinho) e o Carnaval nos bairros serão repartidos. “Nossa ideia é que o Carnaval seja autossustentável”. O valor total do investimento dessas duas cervejarias será de R$ 30 milhões.
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade