Um homem morreu após ser atacado a tiros em um carro, na tarde desta quinta-feira (10), na Avenida Tancredo Neves, em Salvador. Uma mulher que estava com ele chegou a assumir o volante e invadiu o Hospital da Bahia, que fica na região, em busca de atendimento, mas a vítima não resistiu.
O homem foi identificado por familiares como Luis Fabiano Gomes de Oliveira, que era dono do carro que atropelou e matou o agente de trânsito Jailton Pereira do Nascimento no ano passado. O veículo do acidente não é o mesmo que ele usava quando foi assassinado. Não se sabe ainda se os casos têm relação.
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De acordo com a Polícia Civil, Luis foi atacado por dois homens que se aproximaram do carro que ele estava em uma motocicleta. Eles atiraram no homem e fugiram em seguida. Testemunhas contaram que os suspeitos abandonaram a motocicleta usada na ação e uma mochila de entregas nas proximidades do local do crime.
Um vídeo gravado por uma testemunhas mostra os momentos após o ataque a tiros. A mulher que estava com a vítima no carro aparece desesperada e pede socorro para outras testemunhas, que passavam pelo local. As imagens foram feitas minutos antes dela dirigir até a unidade de saúde. Assista abaixo
Vídeo: Reprodução/Redes sociais
Em nota, o Hospital da Bahia informou que a mulher invadiu a cancela da unidade e parou no acesso à área de exames. Os profissionais que atuam na instituição ainda tentaram atender a vítima e atestaram o óbito. O corpo será levado para o Instituto Médico Legal (IML), onde será periciado.
O crime está sob investigação da 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico). Em nota, a Polícia Civil informou que imagens de câmeras de segurança da região serão analisadas, "a fim de que auxiliem na identificação dos suspeitos de envolvimento no crime".
Agente atropelado
Jailton Pereira do Nascimento trabalhava na Avenida Paralela, em Salvador, a serviço da Superintendência de Trânsito da cidade (Transalvador), quando foi atropelado em 27 de abril de 2022. Na ocasião, o carro que pertencia a Luis Fabiano estava sendo dirigido por um outro homem.
O empresário se apresentou à polícia na época, após ser identificada a placa do veículo. Ele disse que o carro deveria estar guardado na garagem de um amigo, porque era objeto de penhora judicial em um processo de divórcio dele. Luis ainda afirmou que não tinha autorizado que o automóvel fosse usado.
O motorista só apareceu depois. Em entrevista, o homem, identificado como Franklin Nascimento, confessou que estava dirigindo o veículo, negou estar acima do limite de velocidade e afirmou que não lembra o que ocorreu após a batida, apenas de ter sido socorrido por testemunhas. Na época, a Justiça negou a prisão dele.
O iBahia buscou a Polícia Civil para saber o que definiu o inquérito do caso, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
