O presidente Lula lamentou a morte do policial federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida, de 42 anos, durante operação no bairro de Valéria, nesta sexta-feira (15), em Salvador.
"Recebi com profunda tristeza e indignação a morte do agente da Polícia Federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida, durante operação de combate ao crime organizado, hoje, em Salvador", começou o presidente em texto publicado nas redes sociais.
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Lula aproveitou o posicionamento para destacar que o agente federal participou da equipe de segurança dele durante a campanha eleitoral e também após ser eleito como presidente.
"Ele estava há dez anos na PF, atuando no enfrentamento do narcotráfico e do tráfico de armas, entre outras operações de alta periculosidade. Lucas fez parte da equipe designada pela PF para a minha segurança na Bahia, durante a campanha eleitoral e também agora, na Presidência. Cumpriu sua missão com exemplar profissionalismo", escreveu.
Recebi com profunda tristeza e indignação a morte do agente da Polícia Federal Lucas Caribé Monteiro de Almeida, durante operação de combate ao crime organizado, hoje, em Salvador. Ele estava há dez anos na PF, atuando no enfrentamento do narcotráfico e do tráfico de armas, entre…
— Lula (@LulaOficial) September 15, 2023
Lucas Caribé ingressou na Polícia Federal em 2013, na Superintendência Regional do Pará (SR-PA), sendo inicialmente lotado na Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas (DELEPAT-PA) e em seguida atuou na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE-PA).
Em 2019, o policial federal passou a integrar a Superintendência Regional da Polícia Federal na Bahia. Inicialmente, passou pelo Núcleo Especial de Polícia Marítima (NEPOM). Atualmente, fazia parte do quadro de policiais de Pronta Intervenção (GPI).
O corpo do policial federal foi velado e cremado ainda nessa sexta, no cemitério do Bosque da Paz, em Nova Brasília. Familiares, amigos, colegas de profissão e autoridades estão presentes no local. O agente não era casado e não tinha filhos.
Policiais foram surpreendidos por grupos criminosos
Os policiais federais e civis que participaram da operação nesta sexta-feira (15), no bairro de Valéria, em Salvador, foram surpreendidos pela presença de integrantes de grupos criminosos que estavam prestas a entrar em confronto na região. Um agente federal e quatro homens morreram. Outros dois policiais, um Federal e outro Civil, foram feridos.
Um dos suspeitos morto no confronto foi identificado como Uélisson Neves Brito, conhecido como "Cara Fina". Ele foragido da polícia e integrava o Baralho do Crime da SSP-BA. Os nomes dos outros três suspeitos não serão divulgados pela secretaria
De acordo com fontes da TV Bahia e g1, a situação começou quando integrantes da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) e da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) planejavam uma ação contra o grupo criminoso que atua no local.
No entanto, ao chegaram no bairro, os policiais encontraram integrantes de um outro grupo, que pretendiam fazer a retomada da área. Um confronto foi iniciado entre os agentes e os suspeitos, que estavam fortemente armados. Durante coletiva para apresentar o resultado da "Operação Fauda", o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner, explicou a situação.
"As equipes policiais ao se deslocarem para a realização da operação se depararam com um 'bonde', onde houve a situação de enfrentamento que ocasionou, infelizmente, na morte do policial, no ferimento de outros dois policiais, e na morte de dois criminosos que ali se encontravam”, contou.
Entenda operação
A FICCO foi lançada em agosto deste ano pela SSP-BA e Polícia Federal. O objetivo é de intensificar, em caráter especial, o enfrentamento às organizações e associações criminosas. A integração entre os governos estadual e federal será feita de forma pontual, caso eles entendam que exista a necessidade, como foi o caso de Valéria.
Segundo a SSP-BA, um grupo criminoso está escondido em uma região de mata fechada, do bairro de Valéria. Equipes das Polícias Federal, Militar e Civil cumprem ordens judiciais, à procura de foragidos, armas, munições e entorpecentes.
Devido a ação, um intenso engarrafamento foi formado nas regiões da Estrada do Derba, Estrada Velha de Paripe e na Avenida Afrânio Peixoto, conhecida como Suburbana. Helicópteros do Grupamento Aéreo (Graer) da Polícia Militar realizam varreduras na região de Valéria e no Subúrbio Ferroviário à procura dos suspeitos.
O secretário Marcelo Werner informou que a operação continua na região de Valéria, em uma área de disputa entre grupos criminosos.
“Nós não iremos descansar e faremos todos os esforços, de forma integrada, para capturar os criminosos. Nós traremos os responsáveis por esse crime a justiça”, finalizou.
O Superintendente Regional da Polícia Federal na Bahia, delegado Flávio Márcio Albergaria Silva, que também estava presente na coletiva dessa sexta, informou que a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO) já demostra o alinhamento entre os Governos Federal e Estadual.
“O Governo Federal tem dado total apoio para a nossa atuação conjunta. A gente teve o apoio de uma equipe tática de Brasília que veio para essa operação e estamos recebendo o reforço de outra equipe, inclusive com a presença do nosso diretor geral, para demonstrar esse apoio do Ministério da Justiça. Estamos em uma ação conjunta e integrada no combate as facções criminosas do estado”, destacou.
Redação iBahia
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