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Investigação

Marcelo Werner diz que violência na BA é causada por guerra de facções

Secretário de Segurança Pública fez coletiva após ações com 7 suspeitos mortos e 17 reféns no Alto das Pombas e Calabar, em Salvador

Redação iBahia • 05/09/2023 às 11:55 • Atualizada em 05/09/2023 às 16:17 - há XX semanas

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					Marcelo Werner diz que violência na BA é causada por guerra de facções
Foto: Reprodução / TV Bahia

O Secretário de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), Marcelo Werner, afirmou nesta terça-feira (5) que a onda de violência que tem atingido o estado é fruto de uma guerra entre facções. A declaração foi dada durante uma coletiva de imprensa montada para dar um balanço das ações nos bairros do Alto das Pombas e Calabar, em Salvador, onde 17 pessoas foram feitas reféns e 7 suspeitos morreram somente na segunda (4).

Inicialmente, apenas cinco mortes em confronto com policiais militares tinham sido confirmados pela PM. O número foi atualizado durante o encontro entre as autoridades e a imprensa, para esclarecer a situação. Os bairros seguem com esquema de segurança reforçado nesta terça-feira e vários serviços ainda são afetados, como segurança e saúde, desde o dia dos tiroteios. As situações começaram ainda na noite de sexta-feira (1º), mas se intensificaram no fim de semana.

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"A guerra de facções é o principal responsável pela criminalidade, pela violência em nosso estado, e, por isso mesmo, nós temos realizado ações cirúrgicas e pontuais, reforçando o policiamento, a inteligência, e os meios para cada vez mais inibir ações como essa, que é a política do terror que eles querem implementar no nosso estado", disse Werner.

Segundo o secretário de Segurança Pública, 6 fuzis, 8 pistolas e 3 granadas foram apreendidos só na segunda-feira. "Foram utilizadas forças especializadas, ações de inteligência, ações integradas, que culminaram em uma apreensão de farto armamento e de pessoas presas ao longo do dia da operação", disse Werner.

Ainda segundo o secretário, os ataques foram praticados por "uma facção (que) fazia demonstração de poderio bélico, práticas de terror, para não só desafiar as forças de segurança, mas causar pânico, violência e terror na população que reside naquela região". O nome do grupo, no entanto, não é divulgado, para não incitar a prática criminosa.

Ainda na coletiva, o comandante geral da PM, Coronel Paulo Coutinho, informou que vários confrontos ocorreram entre policiais e suspeitos e, que na fuga dos homens, que os moradores foram feitos reféns. "No primeiro confronto que houve, logo depois foi sequenciado por uma tomada de reféns, onde nós liberamos 10 reféns. Infelizmente tivemos sequenciais confrontos aonde tomaram 7 resistentes, mas prendemos também 8 indivíduos ligados ao crime".

Assustados com a insegurança, muitas pessoas deixaram as casas onde moravam. O Coronel lamentou o fato e explicou que essas atitudes são "efeito colateral de qualquer ação dessa natureza (violência)". "A gente primeiro se solidariza com esses moradores. E a demonstração clara é a instituição presente. As força de segurança estão presentes...e vamos continuar! A Polícia Militar existe para servir e proteger e, sobretudo, para salvaguardar a vida do cidadão", disse ele.

Intervenção Federal

No domingo (3), a janela de um apartamento do 13º andar de um prédio chegou a ser atingido por uma bala perdida, no bairro da Graça, que é vizinho à área. Ninguém ficou ferido, mas a moradora ficou assustada.

Na manhã da segunda (4), um novo tiroteio preocupou moradores, seguido por mais um no início da tarde. Os dois precederam as situações com reféns na região. Imagens feitas por testemunhas mostram a movimentação da polícia na área à tarde. Outras têm o som dos tiros. Veja abaixo

Vídeo: Reprodução / Redes Sociais

Diante de tantas ocorrências, o secretário foi questionado durante a coletiva sobre a possibilidade de intervenção federal no estado. Sobre a temática, o Marcelo Verner foi direto: "De forma alguma. A gente mostra pelas ações realizadas ao longo deste ano. Não só as ações, mas os números que se tem, os investimentos, as ações de inteligência demonstram que nós estamos fazendo frente e combatendo a situação do nosso estado".

Vídeo: Reprodução / Redes Sociais

Reunião com Alta Cúpula

Na manhã desta terça-feira (5), o governador Jerônimo Rodrigues realizou uma reunião com a cúpula da gestão da Segurança Pública do Estado (SSP), para acompanhar e avaliar as ações recentes de combate a organizações criminosas na capital, além de planejar futuras operações das forças policiais.

Além dele, estavam presentes o vice-governador Geraldo Júnior, titular da SSP, Marcelo Werner, do subsecretário da pasta, Marcel Oliveira, o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Paulo Coutinho, da delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito e do secretário estadual de Justiça e Direito Humanos, Felipe Freitas e autoridades de outras secretarias do Estado.


				
					Marcelo Werner diz que violência na BA é causada por guerra de facções
Foto: Antônio Queirós / GOV BA

Sobre o encontro e sobre o conteúdo da reunião, Marcelo Verner explicou que o governador discutiu medidas de prevenção à criminalidade, para garantir a segurança de baianos e baianas.


"O governador está sempre acompanhando e dando as diretrizes, estabelecendo metas, pedindo para que nós façamos ações pontuais, ações de inteligência, ações de integração, ações que sejam promovidas em relação a complexidade que é a segurança pública e ações que envolvam outras secretarias também. "

Situação atual nas comunidades

Diferentemente da segunda-feira, os estabelecimentos comerciais abriram as portas nesta terça. No entanto, as instituições de ensino seguem com atividades suspensas. Segundo informações da Secretaria Municipal de Educação (Smed), 1.042 estudantes estão sem aula. Não há previsão de retorno.

As escolas afetadas são: Conjunto Assistencial Nossa Senhora de Fátima, Casa da Amizade, Professor Antônio Carlos Onofre e os Centros Municipais de Educação Infantil Tertuliano de Góis e Calabar.

O Colégio Estadual Evaristo da Veiga, localizado na Avenida Garibaldi, que fica na mesma região, abriu normalmente, porém registrou baixa frequência, de acordo com a Secretaria Estadual de Educação. Já a Reitoria da Universidade Federal da Bahia (UFBA) recomendou o retorno das atividades.

Em nota, a instituição informou que "está monitorando cuidadosamente a situação vivida nas últimas horas na cidade na questão de segurança." Além disso, a Admnistração disse que "tendo necessidade, a Universidade tomará as medidas necessárias e informará à comunidade."

Há ainda novos confrontos em andamento, segundo o Coronel da PM. No entanto, não há dados sobre feridos, reféns ou apreensões.

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