“Disse que estava temporariamente sem Whats App porque meu celular estava consertando. Mas dei o número e, dois dias depois, comprei um iPhone”.
O investimento de emergência custou cerca de R$ 2 mil, mas os investimentos para se conseguir um namorado (a) podem superar o valor. Gastos de homens e mulheres são diferentes, mas no final das contas acabam se equivalendo na busca pela conquista de alguém para amar. A administradora Cátia Cruz, que está solteira há pouco mais de um ano, elenca os gastos.
“Se você vai para a guerra, na balada, tem que estar pronta para derrubar as adversárias. E todas elas vão estar usando saia com blusa de brilho, acessórios, um sapato legal, maquiagem...”, enumera. Além dos gastos com a indumentária (veja os valores no quadro da outra página), Cátia também gasta com a própria festa. “Para paquerar em festa, tem que ir para camarote, porque você não vai querer concorrer com todas as mulheres da pista. O público do camarote é diferenciado”.
Acontece que, segundo ela, o público feminino frequentador de camarotes também é diferenciado. E lá não tem espaço para barriguinha pulando do short ou celulite. Resultado: mais R$ 520 no pacote academia + personal trainner. Isso sem contar nos suplementos: R$ 600.
A analista comercial Karine Libhaber acabou de fazer um investimento de R$ 600. Ontem, ela aproveitou uma promoção na Dress To e fez a festa: dois vestidos e três blusas. “Só compro três vezes no ano, aproveitando as promoções, garante.
Os maiores gastos de Karine são no salão de beleza. Unhas e cabelos custam a ela cerca de R$ 210 por mês. Ela não bebe muito nas festas, mas acha inadimissíveis os gastos com estacionamento. “Qualquer lugar que você vai, o manobrista custa R$ 17, R$ 20”.
Com tanto investimento, Karine ainda estuda se precisa mesmo de um celular com Whats App. “Estou avaliando se vou virar adepta do iPhone, mas por enquanto, se o cara estiver interessado, ele que mande SMS mesmo”, diz.
Homens
Os conquistadores masculinos não torram o salário no salão, mas gastam com outras coisas. “A gente sempre tem que pagar mais caro para entrar nas festas”, queixa-se o empresário Cleber Galvão da Silva, frequentador dos bares 30 Segundos e do Moema.
Mas quando ele está prospectando alguma mulher é que a coisa começa a ficar cara. “A gente começa pagando o consumo dela, para fazer uma graça. Aí vai interagindo. No outro dia, chama para sair e paga a conta”, descreve.
Se tudo der certo, a noite acaba no motel que custa... “Depende. Se for ‘piriguete’, tem aqueles do Costa Azul e Imbuí, que custam R$ 50. Mas se for a mulher da minha vida, vale um Del Rey (R$ 91 a R$ 352, a depender do quarto)”.
Se a menina for “piriguete”, normalmente, a relação acaba aí para Cléber. Mas se for a mulher da vida dele, virão ainda muitos barzinhos, jantares, cinemas e pequenas viagens.
Mas ser cavalheiro sai caro. O advogado Marcelo Prado admite: “Depois de uma certa intimidade, começamos a rachar as contas”. O psicólogo especialista em consumo Mino Rios, da Unifacs alerta as meninas: “Não existe jantar de graça. Se alguém está pagando a conta, essa pessoa quer algo em troca”. Ele conta que pessoas apaixonadas tendem a investir mais para parecer mais sedutoras. “Quanto menor a autoestima, mais elas gastam, porque se sentem devedoras. Acham que a pessoa é muito para elas”, completa.
“Para impressionar, você não vai querer chegar de ônibus na festa. Vai pagar mais caro para ir de táxi”, diz Érica Queiroz, autora do livro O Amor Está na Rede.
Solteiros que moram sozinhos gastam mais
“Vida de solteiro já é cara, mas se a pessoa mora sozinha é pior ainda”, diz o consultor financeiro André Massaro. Isso porque além de ter todos os gastos normais de pessoas solteiras, quem mora sozinho não tem com quem dividir as contas do mês. Para ele, o melhor do mundo, financeiramente, é quando o casal mora junto. É o caso do empresário Bruno Agra, que mora com a namorada Samantha Fernandes.
Mas a vida dos dois não costuma ser tão baratinha por um único motivo: “Compartilhamos de uma mesma paixão: viajar. Em um ano de namoro, fomos para Campos de Jordão, Rio, Nova York, Europa... fora as pequenas”, enumera. Em cada um desses lugares, o casal vai aos melhores restaurantes e pontos turísticos. Fora as viagens, ainda tem os barzinhos, cinema, presentes... O resultado é 80% do faturamento em gastos com o namoro.
Matéria original Correio 24h
Veja também:
Leia também:
AUTOR
AUTOR
Participe do canal
no Whatsapp e receba notícias em primeira mão!
Acesse a comunidade