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BRASIL

Menino morto 'caçando pokémons' não tinha celular

No Brasil, a febre é a mesma que no resto do mundo, mas os jogadores temem os assaltos

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Redação iBahia

10/08/2016 às 10:47 • Atualizada em 30/08/2022 às 23:05 - há XX semanas
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O pai de um menino que estava com o garoto de 9 anos encontrado morto no Rio Tramandaí, em Imbé, no Rio Grande do Sul, contrariou a versão da polícia sobre a tragédia. Segundo as autoridades, Arthur Bobsin caiu no rio quando caçava os monstrinhos virtuais do jogo de realidade virtual para smartphone "Pokémon Go". Mas o pai de um amigo que acompanhava a criança disse ao "Diário Gaúcho" que Arthur não tinha celular e que o telefone do seu filho não era compatível com o game.
De acordo com as informações da Brigada Militar do RS, Arthur e o amigo foram até um terreno próximo a casa de um deles e pegaram sem autorização um pequeno barco a remo usado por pescadores da região, versão confirmada pelo pai do amigo ao jornal "Diário Gaúcho".
Segundo a polícia, o amigo, que não foi identificado, teria dito que eles foram ao rio para caçar pokémons. Os dois chegaram a entrar no rio, e a embarcação virou perto da margem. O amigo teria conseguido voltar à terra, mas Arthur desapareceu.
As buscas começaram ainda na tarde de segunda-feira, mas foram suspensas às 19h. Entretanto, o corpo do menino foi encontrado às 20h por mergulhadores profissionais, funcionários da Transpetro, que auxiliavam nas buscas voluntariamente.
O pai do menino que sobreviveu diz que a versão da polícia sobre caçar pokémons não faz sentido: segundo ele, Arthur não tinha celular e João Pedro tem um modelo simples, que não seria compatível com o jogo.
- Eles estavam jogando bola na frente de casa e decidiram entrar no barco, que não estava preso e se soltou. Eles nunca tinham feito isso antes. O meu filho pulou na água, tentou achar o Arthur e não conseguiu, conta ele.
Segundo o jornal, a versão inicial teria sido dada pela Brigada Militar a partir do que o menino teria dito a vizinhos do bairro Courhasa.
Crimes e acidentes em meio a diversão
Não é exclusividade do Rio Grande do Sul ou mesmo do Brasil às polêmicas, acidentes e crimes envolvendo o recém-lançado e já sucesso extraordinário jogo "Pokémon Go".
O Pokémon original fez sucesso no fim dos anos 90 e início dos 2000 por sua mecânica inovadora para jogos portáteis: tinha um mundo virtual grande que o jogador precisava andar e andar e andar para capturar todos os pokémons. O novo Pokémon é revolucionário ao trazer essas andanças para o mundo real: para andar no jogo, o jogador precisa andar e mover seu celular.
Entretanto, o mesmo sucesso ao provocar e incentivar os jogadores a andar já gerou roubos, assaltos e acidentes. No Arizona, EUA, um casal foi preso por abandonar em casa a filha de dois anos para jogar. No Alabama, um motorista bateu o carro de frente em uma árvore ao jogar ao volante, coisa que muitos motoristas estão fazendo. Nesta terça-feira, a criadora do jogo lançou uma atualização que detecta a velocidade de movimentação do usuário e, se detectar que ele está muito rápido, avisa que ele não deve jogar dirigindo e pede que marque se é um passageiro.
Os problemas não param por aí: em vários lugares dos EUA, ladrões já usaram o jogo para atrair vítimas distraídas, colocando "iscas", itens que atraem pokémons, que por sua vez atraem jogadores, que serão roubados por eles. No Brasil, a febre é a mesma que no resto do mundo, mas os jogadores temem os assaltos.

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