Deolane Bezerra deixou, nesta terça-feira (24), a Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste de Pernambuco, onde estava presa, pela segunda vez, desde o dia 10 de setembro. A ex-A Fazenda está sendo investigada por um esquema de lavagem de dinheiro relacionado a jogos ilegais, revelado pela "Operação Integration" da Polícia Civil de Pernambuco.
A advogada foi beneficiada por um pedido de habeas corpus apresentado pela defesa de Darwin Henrique da Silva Filho, proprietário da Esportes da Sorte. A mãe de Deolane, Solange Bezerra, e outros 14 investigados também foram agraciados pela decisão do desembargador Eduardo Guilliod Maranhão na noite de segunda-feira (23).
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Na saída, a influenciadora distribuiu beijos para os fãs e cumprimentou a multidão. Em vídeos que circulam na web, a ex-A Fazenda sorri para o público e demonstra gratidão pelo apoio, apertando a mão de alguns fãs pelo caminho.
Em liberdade, Deolane Bezerra vai cumprir uma série de medidas cautelares, incluindo a proibição de fazer publicidade de plataformas de jogos de azar ou mencionar esses serviços em suas redes sociais.
Além disso, estão impedidos de frequentar qualquer empresa envolvida na investigação e de participar das decisões dentro dessas organizações. Deolane Bezerra é proprietária da Zero Um Bet, que atua com jogos de azar.
Por outro lado, diferente do que aconteceu há cerca de duas semanas, Deolane Bezerra poderá usar as redes sociais para comentar as investigações. Ela também deixará de usar a tornozeleira eletrônica.
Os investigados estão proibidos de mudar de endereço sem autorização da Justiça e não podem se ausentar da Comarca de residência sem consentimento judicial. Também estão impedidos de cometer novas infrações dolosas e devem comparecer ao Juízo da 12ª Vara Criminal da Capital em até 24 horas para assinar um Termo de Compromisso.
A decisão foi concedida pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, relator do caso, que acatou um pedido de habeas corpus.
Para embasar a decisão, o desembargador citou a manifestação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que, na sexta-feira (20), decidiu devolver o inquérito à Polícia Civil e pediu a realização de novas diligências no caso.
A instituição também recomendou a substituição das prisões preventivas por "outras medidas cautelares". O juiz justifica que a recomendação de novas diligências pelo Ministério Público indica que ainda não existem elementos para oferecer denúncia ao Judiciário, o que “implicará em constrangimento ilegal no que tange à prisão preventiva dos pacientes”.
“(...) A partir do momento em que o órgão ministerial não se mostra convicto no oferecimento da denúncia, mostram-se frágeis a autoria e a própria materialidade delitiva, situação esta que depõe contra o próprio instituto da prisão preventiva prevista”, diz trecho da decisão divulgado pelo g1.
O magistrado afirma também que “a ausência de convicção manifestada pelo requerimento de diligências (...) impõe a revogação das prisões preventivas determinadas”. Veja o vídeo de Deolane Bezerra sendo solta:
Linha do tempo da prisão de Deolane Bezerra
A primeira prisão de Deolane Bezerra ocorreu no dia 4 de setembro, durante operação da Polícia Civil (PC) em Pernambuco. Chegou a ser solta, mas voltou à cadeia no dia 10 de setembro após descumprir medidas cautelares.
Segundo as regras do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a famosa não poderia se pronunciar publicamente sobre a prisão, seja em entrevistas, declarações ou publicações por redes sociais.
No entanto, além de fazer uma publicação no perfil oficial do Instagram dela, onde aparece com a boca amordaçada, a ex-participante de "A Fazenda" também deu uma declaração pública quando deixou o presídio.
“Foi uma prisão criminosa, cheia de abuso de autoridade por parte do delegado. [...] Eu não posso falar sobre o processo. Eu fui calada”, gritou Deolane na ocasião.
Assista ao 'De Hoje a Oito', podcast de entretenimento do iBahia:
Nathália Amorim
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