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No dia em que ciclista completaria 25 anos, família pede por Justiça: 'eu não vou resolver o problema social do mundo, mas o do meu filho eu vou resolver'

Missa de 7º dia será realizada na manhã desta terça-feira (7) na Igreja de São Pedro, bairro da Piedade

Mayra Lopes • 07/06/2022 às 7:56 • Atualizada em 26/08/2022 às 18:11 - há XX semanas

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Nesta terça-feira (7), o ciclista Rodrigo Castro, morto a tiros durante um assalto no Dique do Tororó, completaria 25 anos. A data é marcante para a família, já que hoje será realizada a missa de 7º dia do jovem na Igreja de São Pedro, bairro da Piedade.

Em entrevista ao iBahia , o pai do ciclista Eliecer Castro, falou sobre o sentimento de perda e de como seria o aniversário de Rodrigo. "Hoje eu estava realizando uma supresa pra ele, um encontro de amigos. Mas, hoje vai fazer sete dias de sofrimento. Esses 7 dias eu tô correndo na Justiça de Lei e de Deus. Eu não vou resolver o problema social do mundo, mas o do meu filho eu vou resolver. Eu não dou essa dor pra ninguém. Só peço que mudem a legislação", disse ele emocionado.

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Eliecer contou ainda que a mãe de Rodrigo está 'destroçada', porque ele era o único filho dela. O casal se separou há 2 anos, mas ainda assim Eliecer se fez presente na vida do jovem. "Estava junto por mais de 23 anos. Eu vi meu filho nascer e crescer. Mas, sempre ficaremos juntos", pontuou.

Em relação as investigações, Eliecer revelou que já sabe a identificação dos suspeitos envolvidos no crime. E que custa a acreditar no fato de que um dos suspeitos já tinha sido preso anteriormente e solto mediante audiência de custódia na Central de Flagrantes no mês de abril.

"As investigações estão bem adiantadas. Mas, eu tenho certeza que o suspeito foi preso no mês passado com arma, relógio, eu tenho tudo aqui na minha mão. Há 10 dias, no mesmo lugar, ele teria pego uma bicicleta de 7 mil reais e nada", desabafou.

"A polícia, graças a Deus, está nos dando o maior suporte. Eu só tenho a agradecer, não posso negar. Mas, eu só vou descansar quando eu entregar eles (os suspeitos) à Justiça dos homens e de Deus, disse.

O iBahia solicitou mais informações à Polícia Civil sobre a declaração do pai de Rodrigo e em nota, a entidade informou que não vai divulgar "o passo a passo da investigação para não atrapalhar a conclusão do Inquérito Policial e identificação dos autores. Todo o trabalho de Polícia Judiciária está sendo realizado para elucidação."


				
					No dia em que ciclista completaria 25 anos, família pede por Justiça: 'eu não vou resolver o problema social do mundo, mas o do meu filho eu vou resolver'
Foto: Reprodução / TV Bahia

O crime

O ciclista morreu na noite de quarta-feira (1°), quando transitava de bike, ao telefone com a namorada de prenome Cíntia, no Dique do Tororó. Ele foi abordado por dois homens, ainda não identificados, e toda a conversa foi escutada pelo celular.

“Ele estava com um fone de ouvido e a gente foi conversando durante todo o percurso. Chegou em um momento do percurso, em que eu ouvi as pessoas que chegaram nele, eu não sei o porquê, falando: ‘polícia, polícia, polícia’. Eu cheguei a achar, logo de primeira, que fosse uma abordagem normal. Só que aí houve o disparo”, começou Cíntia, em entrevista à TV Bahia.


				
					No dia em que ciclista completaria 25 anos, família pede por Justiça: 'eu não vou resolver o problema social do mundo, mas o do meu filho eu vou resolver'
Foto: Reprodução / Redes Sociais

“Quando eu ouvi o disparo, a última coisa que ele me disse foi: ‘ai, amor. Tiro, tiro, tiro’. Aí acabou, ele não falou mais, ele não respondeu, mas a ligação continuou, porque não desligou. Eu continuei falando com ele: ‘Amor, pelo amor de Deus, me responda, fale comigo, Rodrigo’”, finalizou ela.

Sem retorno do namorado, a jovem ligou para a mãe dele e pediu ajuda. A vítima faria 25 anos na próxima terça-feira (7). Ele foi socorrido por equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu aos ferimentos.

O irmão de Rodrigo, identificado como Eliecer Júnior, contou que a vítima tinha o costume de praticar exercícios. O jovem era ciclista, mas não tinha o hábito de pedalar no Dique do Tororó, normalmente ele realizava o percurso Rio Vermellho – Barra.

Rodrigo foi i sepultado na tarde da quinta-feira (02) no cemitério Campo Santo, na Federação. Em entrevista à TV Bahia, o pai do jovem desabafou: “Meu filho ia fazer 25 anos de vida. A vida ceifada por marginais, que depois de serem presos, são soltos, saem pela porta da entrada e ficam impunes. Cadê a justiça?”, disse Eliecer Castro.

No mesmo dia do enterro do jovem, o suspeito de envolvimento na morte dele foi preso enquanto vendia drogas na mesma região onde o crime ocorreu. No sábado (4), a prisão dele foi convertida para preventiva. Segundo a Polícia Civil, a decisão foi tomada durante uma audiência de custódia da Justiça. Em paralelo, a Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR) apura informações encaminhadas pelo Disque Denúncia relacionadas a morte do educador físico.

Protesto do final de semana

No dia 5 de maio, amigos de Rodrigo realizaram um protesto na praça do Campo Grande, em frente ao Teatro Castro Alves. (TCA). Vestidos de ciclistas e segurando balões brancos, o grupo pediu por justiça e resoluçã do crime, que aconteceu na noite de quarta-feira (1°).


				
					No dia em que ciclista completaria 25 anos, família pede por Justiça: 'eu não vou resolver o problema social do mundo, mas o do meu filho eu vou resolver'
Foto: Lisboa Júnior/TV Bahia

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